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Exame de criança que morreu com suspeita de febre amarela tem resultado negativo para a doença

Foto: Reprodução
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Deu negativo o resultado do exame de febre-amarela do menino Italo Natan Batista da Silva, de 2 anos, que morreu no último dia 14 de setembro, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul. O exame foi realizado no Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA).


Os testes descartaram ainda outras doenças como leptospirose, Covid-19, vírus respiratórios, Dengue, Hepatites Virais e


Hepatite A, todos feitos no Instituto Evandro Chagas e na Fundação Osvaldo Cruz- FIOCRUZ.

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A Chefe do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância Estadual em Saúde- CIEVS, Milena Lopes da Silva, afirma que a investigação terá continuidade e novos exames serão feitos para confirmar ou descartar as doenças infectocontagiosas endêmicas da Amazônia. “Estamos aguardando mais dois resultados que sairão na próxima semana, no máximo, que são de Febre de Mayaro e Oropouche”, relata Milena.


O Oropouche é transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis e a Febre do Mayaro é repassada para o ser humano por meio da picada de mosquitos silvestres da família Togaviridae.


A morte

A causa da morte de Italo Natan foi encefalopatia hepática grave pelo quadro de insuficiência hepática fulminante, mas o que levou o menino a esse quadro, ainda segue desconhecido.


Ele morava em uma comunidade ribeirinha do município de Guajará, no Amazonas. Esteve internado no Hospital Municipal do município amazonense e em seguida foi transferido para o Hospital em Cruzeiro do Sul, no Acre.


O médico pediatra Rondney Brito, que atendeu a criança, conta que ele chegou à unidade hospitalar de Cruzeiro do Sul com um quadro muito grave. Estava com o fígado maior que o tamanho normal, febre, com a pele, a urina e os olhos extremamente amarelos.


“Eu nunca tinha visto um quadro como o dele e com a evolução que teve. As enzimas hepáticas dele, o TGO, estava em 3.800, sendo que o normal é de 40. Ele morava em uma comunidade ribeirinha, com consumo de água do rio, em área de mata”, contou o médico.


Italo havia tomado a vacina contra a febre amarela.


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