O governador Gladson Cameli (Progressistas) afirmou nesta quinta-feira, 29, que a diretora financeira da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Acre (Codisacre), Valdete Souza, que virou alvo de uma investigação da Polícia Civil, após uma funcionária acusá-la de praticar “rachadinha”, deverá ser exonerada do cargo caso seja provado a acusação.
As declarações foram dadas à imprensa após a solenidade de inauguração da nova sede do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC). “Ah, se for provado sim, com certeza [exoneração de Valdete]. Eu não vou compactuar com essas coisas e que sirva de exemplo pra qualquer um que esteja fazendo isso”, afirmou Gladson Cameli.
Valdete, que já foi presidente do partido PMN, supostamente exigia das pessoas que ela indicou para o cargo comissionado em outras secretarias um valor mensal que deveria ser entregue em espécie em sua casa ou mesmo no gabinete. Segundo a reportagem da TV Gazeta, ela nega as acusações e debitou as denúncias devido ao seu estilo de falar o que pensa e atribuiu o caso a “fogo-amigo”.
O delegado responsável pelas investigações, Pedro Rezende, está com uma lista de pessoas para prestarem depoimentos sobre o caso, um deles é o diretor geral, Marcelo Messias, primo do governador Gladson Cameli (Progressistas). Segundo a denunciante, Marcelo sabia das rachadinhas, mas não fez nada.
No evento do TRE, Cameli isentou o primo Marcelo Messias e afirmou que confia plenamente nele e em sua honestidade. “São situações que eu concordo que é preciso avançar no sentido de resolver essas empresas falidas. Eu não compactuo com o que não é correto, o fato de direito é isso. Vocês sabem que o Estado é muito grande e a responsabilidade é minha, mas temos aí pessoas que não entendem o que deve ser feito. O Marcelo tem toda a minha confiança, sei da sua credibilidade e honestidade e esses casos pontuais nós vamos apurar e determinei que tudo fosse apurado”, destacou Gladson.