Acendeu a luz vermelha na prefeitura de Epitaciolândia. Sem dinheiro para bancar em dias o pagamento do combustível, merenda escolar e compromissos políticos, a gestão do prefeito André Hassem caminha para entrar em parafuso, se não houver um cronograma de desembolso. A previsão do senador Jorge Viana, feita em janeiro, que os novos prefeitos que não segurassem os gastos extras iam quebrar, começa a se materializar na fronteira. Numa gestão não basta ser bem intencionado como o André, tem que ser organizado. Não pode deixar retornar a sua fama de não cumprir compromissos, que tinha conseguido afastar com muito custo. E essa história que o FPM caiu para justificar o descontrole é conversa para boi dormir. Todo mundo sabe que, o FPM oscila de mês a mês.
Pote quebrado
O quadro tenebroso financeiro acima foi passado pelo secretário de Finanças, Tadeu Hassem. Aí me lembro do velho e sempre atual ditado: “quem não pode com o pote não pega na rodilha”. E quando não há controle orçamentário e financeiro podem descarregar um caminhão de dinheiro que o descontrole não mudará.
Festa desnecessária
O problema, segundo informação de outra fonte, começou quando fizeram uma festa portentosa e cara como a Expolândia que, por mais que tenha tido patrocínios, a prefeitura teve gastos extras com a festividade, que não era prioridade administrativa e nem necessária politicamente.
Novidade seria a união
Mas, na parte política há uma esbórnia entre os Hassem. Já se alvoroçam para serem candidatos a deputado estadual Caleb Hassem, Leleca Hassem, Dr. José Hassem, Luizinho Hassem e Samuel Hassem. Mas isso não é novidade para ninguém. Novidade seria tê-los todos unidos em torno de uma candidatura. Mas aí também é acreditar no Papai Noel e seu trenó.
Primo rico
Quem não deve estar contente com o festival à Aleac na família Hassem é o chamado “primo rico”, Dr. José Hassem, que sonhava ser candidato único e gastar 1 milhão de reais na campanha para conseguir viabilizar seu sonho de ser deputado estadual.
Não resolve
Se for feita uma lista dos deputados estaduais qualificados, O Moisés Diniz (PCdoB) estará lá. Mas tem de parar de vender ilusões: CPI e nem Comitê resolvem o problema da Telexfree.
Nada além
A questão se resolve exclusivamente na justiça, onde aconteceu o bloqueio do Telexfree.
Fato a esclarecer
Essa PEC do deputado Gilberto Diniz (PTdoB), que acaba a pensão de ex-governador, se aprovada só vai atingir os governadores que vierem a ser eleitos, ela não vai retroagir.
Qualquer pesquisa
Os deputados fiquem atentos ao clamor das ruas, no próximo ano tem eleição. Em qualquer pesquisa sobre o fim dessas pensões vai apontar no mínimo 90% favorável à extinção.
Com euforia
A declaração do deputado Jonas Lima (PT) que não disputará a reeleição foi recebida com alegria no comando do partido, sob a alegação que não se perde o que não se tem.
Tradução literal
Traduzindo o que querem dizer esses dirigentes: a atuação do Jonas Lima nunca foi o que dela o PT esperava na tribuna, na defesa do governo e das causas do partido.
Circo Du Soleil
Por mais que o entrevistador da TV-GAZETA, Alan Rick, apertasse nas perguntas, o deputado Edvaldo Sousa (PSDC) não desceu do muro. Fez inveja aos equilibristas do Circo Du Soleil.
Há que se dar razão
Num ponto há que se dar razão aos aliados do Tião Bocalon: no segundo turno para a PMRB, os dirigentes de outros partidos e parte do seu partido fizeram só de conta que o apoiaram.
Muro baixo
Rio Branco é terra de muro baixo, nenhum segredo político resiste 24 horas.
Combinaram com o Gladson?
Um manda-chuva do PMDB anda defendendo a chapa Petecão governador, Márcio Bittar senador e Gladson Cameli para a reeleição. Uma pergunta: combinaram com o Gladson?
Muito a ver
A pergunta tem politicamente muito a ver. O deputado federal Gladson Cameli (PP) é dos candidatos da oposição o que tem a melhor estrutura e a melhor base para o Senado.
Maior adversário
Na opinião dos jornalistas que fazem política na chamada “grande imprensa”, a candidatura da Marina à presidência vai esbarrar no seu sectarismo evangélico, que funcionará como um teto.
Aos tombos
A presidente Dilma continua desabando mais que manga madura, sofreu nova queda nas pesquisas e cessou aquela euforia que ganharia no primeiro turno, os horizontes são sombrios.
Não é burra
A presidente Dilma não é burra. Se fosse não estaria onde está. Mas custa a raciocinar: não entendeu ainda que, o grosso das manifestações nas ruas foi contra o seu governo?.
Guerra aberta
O PP declarou guerra aberta à deputada Maria Antonia, com a ameaça de que se não assinar e votar na PEC que acaba a pensão de ex-governador, vão enquadrá-la em infidelidade partidária.
Primeiro passo
A sua recusa seria o primeiro passo para abertura de processo para pedir a cassação do seu mandato com base na tese da “infidelidade partidária”, já que o mandato pertence ao partido.
Pequeno desconto
Não é desculpa. Afinal sabia o tamanho do rombo na canoa e prometeu calafetar. Mas, há que se dar um pequeno desconto ao prefeito de Sena, Mano Rufino, ele pegou a cidade sucateada.
Puxem o coelho
Só que o povo não quer saber disso. Até porque nos palanques Mano Rufino e os demais prefeitos prometeram que tinham solução para todos os males. Puxem o coelho da cartola.
Acerto político
O presidente do PDT, deputado Tchê, diz que o ex-vereador de Tarauacá, Chico Batista, o Hulk, não se “vendeu ao PT”, houve apenas a conquista de novos espaços do partido no governo.
Adeus verde
Fica a versão do deputado Tchê (PDT). Mas de uma coisa tenho certeza: depois dos cargos que pegou no governo, com certeza, o Batista Hulk não ficará mais verde de raiva, avermelhou.
Tende se agravar
As manifestações de ruas, as greves, tendem se agravar, também no Acre, e num momento em que os prefeitos estão com os cofres vazios, o FPM em queda mensal; o mesmo ocorrendo com o governo, em relação ao FPE. Sem condições de darem reajustes salariais. É preciso tratara questão com diálogo e muita transparência, ou o rescaldo se dará na próxima eleição.
Por Luis Carlos Moreira Jorge
