“O prefeito Everaldo Gomes governa sozinho, ao seu modo e sem a intervenção do partido”. A frase é do secretário geral do PMDB no Acre, Aldemir Lopes, principal cabo eleitoral de Everaldo na última eleição e responsável maior pela vitória do partido em Brasiléia.
Pelo tom das declarações percebe-se claramente que a amizade que os uniu para tomar o poder do Partido dos Trabalhadores na maior cidade do Alto Acre ruiu antes mesmo de Everaldo sentar a mesa.
“Ele escolheu ficar contra os antigos aliados em troca de uma falsa idéia de novos amigos. Não tenho espaço e nem mando na administração como fazem questão de alardear. Estou excluído deste projeto e só me mantenho em silêncio por uma questão partidária”, explicou.
Mas nem tudo é como conta Aldemir Lopes. Uma fonte da executiva do PMDB no Acre não esconde a exclusão de Lopes da administração de Everaldo, mas também justifica a decisão do prefeito dizendo que o secretário geral do partido tem sufocado o peemedebista.
“Quem foi eleito foi o Everaldo, então é ele quem tem que mandar. O Aldemir, apesar do seu esforço na campanha, não pode querer mandar mais do que ele [Everaldo]. O partido está preocupado com esta relação e teme que isso cause desgaste e inviabilize a administração”, contou o peemedebista que pediu para não ter o nome revelado.
Numa clara demonstração de que não quer tomar partido da situação, o presidente da executiva regional/Acre, deputado Flaviano Melo, se negou a participar de evento no município neste final de semana. Mandou dizer que sua ausência era em virtude de uma forte gripe.
A redação de ac24horas
Rio Branco,AC