A estiagem severa que atinge a região do Alto Rio Caeté, em Sena Madureira, tem provocado sérios transtornos para as famílias que vivem em comunidades isoladas e dependem exclusivamente do transporte fluvial. Em um vídeo gravado por um morador da comunidade Extrema, a situação crítica do rio é denunciada com um apelo direto às autoridades.
“Vim na terça (22) instalar um telefone aqui na comunidade, agora estou tentando voltar para Sena. Quero pedir que olhem para nós aqui do Alto Rio Caeté. Vejam como está o rio, por onde a gente precisa passar todo dia para chegar na cidade”, diz o morador, enquanto registra, com o celular, a imagem do leito praticamente seco do rio.
De acordo com ele, o trajeto que normalmente levaria cerca de duas horas e meia com motor rabeta, agora pode durar até doze horas, devido à falta de água e ao acúmulo de lama e areia. “Esse rego aqui não tem nem um palmo de fundura. Não cobre nem o pé direito. É lama, é areia, é sofrimento”, desabafa.
As imagens mostram moradores forçados a arrastar a embarcação manualmente por diversos trechos do rio. Entre os passageiros, estava uma gestante de oito meses, que precisava chegar à cidade para atendimento médico, agravando ainda mais o drama vivido pelas comunidades ribeirinhas.
“Imagina como vai estar isso aqui em agosto”, alerta o morador, demonstrando preocupação com o possível agravamento da situação nas próximas semanas.
Com informações do Yaco News
Assista ao vídeo:
