O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, anunciou nesta quarta-feira, 25, um acordo que viabiliza a compra de 10 mil sacas de café de pequenos produtores do Acre e de Rondônia pela gigante chinesa Luckin Coffee. Entre os beneficiados estão agricultores ligados à Coopercafé, em Mâncio Lima, à Cooperacre, com atuação em diversos municípios acreanos, e à Caferon, de Rondônia.
O presidente da ApexBrasil também busca viabilizar R$ 12 milhões em investimentos para unidades de beneficiamento de café no Acre, incluindo uma em Xapuri e outra na Coop Liber, além de R$ 6 milhões em Rondônia, totalizando R$ 16 milhões voltados ao fortalecimento da produção dos pequenos produtores da região.
A compra foi anunciada durante a Cerimônia do Início das Obras do Parque Industrial de Inovação da Luckin Coffee, realizada no último 25 de junho, em Xiamen, sul da China. A agenda fez parte do Fórum Sino-Brasileiro de Intercâmbio Cultural do Café, promovido pela ApexBrasil, Agência responsável pela promoção dos produtos brasileiros no exterior e pela atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
A operação será realizada por um dos maiores grupos chineses do setor de alimentos e bebidas, com apoio da Centurium Capital, fundo de US$ 5 bilhões que investe na Luckin Coffee, maior rede de cafeterias da China, com mais de 25 mil lojas em funcionamento. O presidente da Centurium Capital e também CEO da Luckin Coffee, Sr. David Li, participou da solenidade ao lado do cofundador, Sr. Guo Jinyi e de autoridades do governo local e da delegação brasileira.
Durante o evento, Jorge Viana reforçou o impacto econômico para os produtores locais e o caráter sustentável da produção de café na Amazônia. “O café é um produto compatível com a floresta e estimula a sustentabilidade. Quando a China compra esse café, cria um ambiente positivo onde todos ganham: os produtores, o meio ambiente e o consumidor final”, afirmou.
“A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil no mundo. Colocar o Acre e Rondônia no mapa do café internacional, promovendo exportações sustentáveis a partir de pequenos produtores, é um passo histórico que mostra o potencial do Brasil”, acrescentou Jorge Viana.