No Dia dos Namorados, o centro de Rio Branco se torna cenário para reflexões sobre o amor. O videomaker Kennedy Santos, do ac24horas, foi às ruas ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre esse sentimento que atravessa gerações. Em meio à correria cotidiana, os relatos revelam lembranças, saudades, reencontros e as escolhas que o tempo e a vida impõem.
O resultado foi um mosaico de histórias reais, com respostas que variam entre quem vive um amor duradouro, quem guarda saudade de uma paixão que ficou no passado e quem ainda espera viver algo verdadeiro.
“Eu aprendi que um relacionamento tem que ter constância de ambas as partes. Tem que se doar. Só dá certo quando os dois estão em sintonia”, contou a universitária Ana Júlia, refletindo sobre o que aprendeu com o fim de uma relação.
Outros reconhecem que o amor, por vezes, acaba não por falta de sentimento, mas por desencontro de propósitos. “Não me arrependo. A gente separou por falta de comprometimento. Não foi falta de amor. Apenas não tinha dos dois lados. Não há como conviver assim”, afirmou o aposentado Natalino Guellere.
Mesmo quando não dá certo, o amor deixa marcas — e lições. Há quem se lembre com ternura, como é o caso da Ana Paula: “Eu era jovem, muito imatura. Conheci meu esposo e ela mudou minha visão sobre família, sobre amor. Muitas vezes a gente idealiza coisas, mas quando vive de verdade, passa a crer no amor como ele realmente é.”
Se para alguns o amor transformou vidas, para outros ele deixou de ser uma espera. “Nunca tive um grande amor. Sempre foram aquelas besteirinhas. Hoje em dia tem muito engano”, contou a aposentada Zilma Bernardino. Em contraste, o jovem Gabriel Sena, respondeu: “Eu vejo as pessoas se amando. Tenho vontade de amar. Muito.”
A vendedora Ana Paula, por exemplo, foi direta sobre o que espera da vida a dois: “Eu quero uma vida nova com a pessoa que eu tô. Pra muito tempo. Trocar de homem, não. Troca de roupa, mas marido eu quero pra vida inteira”. E para o professor Marcos Paulo, o sentimento cresce com o passar dos dias: “Como é grande o meu amor por você. Essa é a música que me lembra a minha esposa. Estamos casados há 15 anos e meu amor por ela só aumenta.”
Há também quem acredite que amar é, acima de tudo, uma escolha consciente. “Amar é uma decisão. Você sente e você escolhe. O relacionamento só dá certo quando os dois decidem se comprometer”, defendeu a enfermeira Jaisla de Souza.
Entre histórias de amor que resistem ao tempo e outras que não vingaram por falta de condições, o tom é sempre de respeito. “Desejo tudo de bom pra essa pessoa. Que ela realize todos os sonhos dela. Não desejo nenhum mal, não tenho mágoa.”
Em uma das falas mais curiosas, um homem relembra um gesto marcante: “Deixei um buquê de flores na sala dela, na faculdade. Nem sabia qual sala era. Saí perguntando, descobri e entrei. Ela chorou e pediu pra casar comigo.” Embora o casamento não tenha acontecido, a lembrança ficou.
No centro da cidade, as respostas revelam que o amor, por mais desafiador que seja, continua sendo parte essencial da experiência humana. “O amor é a base da vida. A pessoa não pode viver sem amar ninguém”, disse o estudante Gabriel Sena.
“Amor é colo, é dividir o dia, é ter alguém com quem contar no fim da jornada. Há 32 anos eu divido isso com meu esposo. E cada dia é melhor, graças a Deus”, concluiu Dangela Santos.
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