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Justiça ouve testemunhas em ação contra Volkswagen por trabalho escravo no Pará

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A Vara do Trabalho de Redenção (PA) ouviu nesta sexta-feira (30) quatro testemunhas de acusação e um representante da Volkswagen em audiência sobre ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O órgão cobra da montadora R$ 165 milhões por danos morais coletivos, por suposta submissão de trabalhadores a condições análogas à escravidão na Fazenda Vale do Rio Cristalino, em Santana do Araguaia, nas décadas de 1970 e 1980.


Segundo o MPT, cerca de mil pessoas enfrentaram jornadas exaustivas, alojamentos precários, falta de água potável, vigilância armada, escravidão por dívida e até violência física. Trabalhadores eram recrutados em cidades distantes para atuar na derrubada da mata e abertura de pastagens.


Entre os depoentes, o padre Ricardo Rezende afirmou que a fazenda operava como um “campo de concentração”. A Volkswagen negou todas as acusações e disse, em nota, que “refuta e rejeita categoricamente as alegações do MPT”.

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A audiência teve a presença de representantes de diversas entidades, como a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Ministério dos Direitos Humanos, CNBB, Comissão Pastoral da Terra, OAB e CNMP.


O MPT pede que a Volkswagen seja responsabilizada e pague R$ 165 milhões por danos morais coletivos. Antes do processo, o órgão tentou acordo com a empresa em cinco audiências entre 2022 e 2023, mas a Volkswagen se retirou das negociações em março de 2023.


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