O deputado Tio Pablo (PSD) reforçou na tribuna da Assembleia da Legislativa nesta terça-feira, 25, a necessidade de apoio aos produtores de maracujá, importância de investimentos em armazenamento agrícola e a utilização da energia solar como passivo ambiental. Ele anunciou um projeto para integrar estudantes de medicina do exterior à rede pública de saúde.
O parlamentar iniciou sua fala mencionando a reunião com o secretário de Estado para tratar da compra direta da produção de maracujá, ressaltando que se trata de uma medida viável e de pequeno impacto financeiro. No entanto, criticou a burocracia que tem atrasado a solução para os produtores, afetando famílias que dependem do cultivo para sobreviver. “Essas famílias não estão apenas investindo com recursos próprios. Muitas delas são financiadas e enfrentam juros altíssimos sobre essas dívidas. Precisamos agir rápido para garantir que elas tenham a oportunidade de crescer sem se endividar ainda mais”, afirmou.
Tio Pablo também sugeriu que a Comissão de Agricultura Familiar e Agrária da Aleac envie uma indicação à bancada federal para que seja prorrogado o pagamento das parcelas dos financiamentos que envolvem essas culturas. No entanto, enfatizou que soluções paliativas não são suficientes e cobrou um projeto estruturado para armazenamento da produção agrícola. “O Acre já enfrentou problemas no armazenamento do milho, do café e agora do maracujá. Precisamos de um plano definitivo. A iniciativa privada tem feito sua parte, mas e o governo? Onde estão os seis silos que foram prometidos para diferentes regiões do estado? Precisamos colocar em prática aquilo que foi falado, garantindo organização para os produtores e fortalecendo nossa economia”, criticou.
Outro ponto levantado pelo parlamentar foi a possibilidade de utilizar a geração de energia solar como uma forma de compensação ambiental para produtores que necessitam cumprir passivos ambientais. Ele apresentou um exemplo prático, mencionando que, em sua própria residência, a instalação de placas solares resultou em uma redução de mais de 1.200 kg de CO2 em apenas um mês, o que equivaleria ao plantio de mais de 80 árvores no mesmo período. “Se estamos investindo cada vez mais em energia fotovoltaica no Acre, por que não considerar isso como um mecanismo de compensação ambiental? Essa é uma ideia que precisa ser estudada e implementada”, sugeriu.