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Mecânico acusado de matar mulher a facadas chora em audiência

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O mecânico Simey Menezes Costa, acusado de assassinar a noiva Ketilly Soares de Souza, de 33 anos, participou de uma audiência de instrução na última terça-feira (26), na Cidade da Justiça, em Rio Branco.


De acordo com Katheriny Lauany Soares, filha da vítima, o réu optou por permanecer em silêncio durante a audiência, respondendo apenas com lágrimas às perguntas do promotor. “Foi difícil olhar para ele. Sempre que o promotor fazia uma pergunta, ele dizia: ‘Eu permaneço calado’ e começava a chorar,” relatou Katheriny ao G1-AC.


A audiência revelou detalhes perturbadores do crime. Katheriny afirmou que o número de facadas sofridas por sua mãe chegou a 33, contrariando a estimativa inicial de 10 golpes. “Ele tentou se justificar, dizendo que era um homem trabalhador e que construiu tudo o que tem com esforço. Quando o promotor pressionou com mais perguntas, ele começou a chorar. A advogada dele tentou justificar dizendo que ele tem problemas psicológicos,” contou Katheriny.

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Ainda segundo a jovem, o acusado revelou ter sido internado cinco vezes no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac) desde 2015 e admitiu ser usuário de drogas. Durante a audiência, familiares da vítima, incluindo a avó e a prima de Katheriny, foram ouvidos. O pai de Simey também prestou depoimento, relatando que o filho confessou o crime ao chegar em sua casa em Sena Madureira, pedindo para queimar as roupas ensanguentadas.


O promotor do caso destacou que o acusado não possui problemas mentais que comprometam sua capacidade de discernimento, afirmando que o réu agiu de forma calculada após o crime. “Ele não é doido. Saiu da cena do crime, foi para Sena Madureira, confessou ao pai e pediu roupas novas. Queimou as roupas ensanguentadas no local,” pontuou. Ao ser questionado sobre a vítima, Simey chorou novamente e não respondeu se se arrependia do que fez.


Atualizações do processo


O Tribunal de Justiça do Acre informou que a defesa terá um prazo de cinco dias para apresentar as alegações finais. Após esse período, o caso será encaminhado para sentença judicial.


Relembre o caso


Ketilly Soares foi assassinada em junho com mais de 10 facadas, na Rua Raimundo Saldanha, Polo Benfica, em Rio Branco. Após o crime, Simey se entregou à polícia, temendo a repercussão do caso. Ele foi denunciado por homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.


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