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Sem ramais e energia elétrica, Resex está abandonada há quase 10 anos, diz morador

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O presidente da Associação de Moradores e Produtores da Reserva Extrativista Chico Mendes em Epitaciolândia e Brasiléia (Amopreb), Romário Campelo, afirmou neste fim de semana que uma série de dificuldades que afetam a unidade de conservação seguem sem posicionamento dos órgãos responsáveis pela gestão da área que se estende por sete municípios acreanos.


Romário diz que entre os problemas que impactam as condições de vida dos moradores da Resex está a falta de encaminhamento para as autorizações de serviços para manutenção de ramais (estradas vicinais) já consolidados e para a ampliação da rede de energia elétrica (Luz para Todos) que, segundo ele, está quase na mesma situação dos ramais.

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“E o descaso por parte dos órgãos de fiscalização, dos órgãos gestores, a Reserva está praticamente abandonada. Estava abandonada há quase uma década aí, agora, os caras chegam com todo vapor querendo reduzir uma carreira que estava a 150 (km) por hora para 10, instantaneamente, sem planejamento, sem alternativas, e isso tem complicado muito a vida de quem vive na Resex”, relatou.


Outro problema citado pelo presidente da Amopreb é a regularização dos moradores. De acordo com ele, desde 2009, não há uma atualização do cadastro da Resex.


“Nós temos pessoas que venderam suas colocações e foram embora, outras que morreram, e os lugares ainda continuam nos nomes dos antigos moradores. No mesmo sentido, pessoas que nasceram e se criaram lá não conseguem ser incluídas no cadastro da Reserva”, acrescentou.


Romário Campelo, presidente da Amopreb – Foto: Cedida

Romário disse ao ac24horas que tem havido conversas entre os representantes das associações da Resex e a gestão da unidade, mas que o que é deliberado não é colocado em prática. Segundo ele, diálogo existe, mas sem resultados.


“Se você pedir para o ICMBio hoje as atas das três últimas reuniões do Conselho Deliberativo e verificar o que foi deliberado e o que foi executado, vai ver que nada andou. Eu tenho muito respeito por eles, mas não estão fazendo nada, não. Todo mundo sabe disso”, completou Romário.


Procurado, o chefe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) da Reserva Extrativista (RESEX) Chico Mendes, Marcos Mesquita, respondeu que a respeito das autorizações diretas para recuperação de ramais, o órgão licenciador é o Ibama, que identificou que vários ramais foram abertos de maneira irregular e, em razão disso, chamou o ICMBio para “alinhar o processo”.


“A partir de então, junho ou julho deste ano, as autorizações diretas foram suspensas. Atualmente, estamos empenhados no processo necessário para a liberação das autorizações. De tudo isso, o Romário está sabendo, inclusive quando a gerência e a coordenação regional, que ficam em Belém e Porto Velho, vieram ao Acre, somente ele conseguiu falar com eles”, explicou.


Sobre a situação da desatualização do cadastro da Resex, o gestor respondeu que a melhor informação seria da direção do ICMBio, em Brasília, mas adiantou que a última atualização é de 2009, mas foi feito um levantamento ocupacional em 2019, que está sendo tratado atualmente, com a confecção do “perfil do beneficiário”, que está esperando a reunião do Conselho Deliberativo da Resex para a homologação.


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