Não ache que a fala mansa, a simplicidade e a recusa aos holofotes fazem da prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, uma mulher frágil. Pelo contrário. É na fala mansa e na simplicidade que ela impõe o seu modelo de gestão, muito embora não queira os holofotes para justificar as suas decisões.
Durante o período eleitoral, ela se comportou como gestora e não como militante e agora, passado o primeiro e segundo turno, Neri confirma que “não faltaram as pressões para uso da máquina pública na campanha e que resistiu aos apelos de ajudar os amigos porque tem compromisso com a sociedade”.
A prefeita de Rio Branco confirma que está estudando uma reforma administrativa, e que “a prefeitura não vai abrigar aliados que foram derrotados nas urnas” e que não está nos seus planos convidar o ex-prefeito Marcus Alexandre para nenhum cargo na sua administração.
“Estou em busca de aliados, mas não tenho nada a oferecer em troca, a não ser a minha disposição de trabalhar pela cidade”, alerta ela. Neri também lamenta a derrota do senador Jorge Viana [PT] ao senado, mas tem a certeza de que receberá toda atenção dos novos eleitos.
Sobre o futuro a seguir, a prefeita nega alinhamento com os partidos da aliança com Gladson, mas garante que vai tentar caminhar ao lado dos vitoriosos, “muito embora isso não signifique dizer que mudou de lado”.
Nesta terça feira, 30, Socorro Neri esteve no Bar do Vaz. Fez questão de reafirmar que “todas as medidas simpáticas ou não da sua gestão são de sua autoria e que não existe homem forte e nem super-secretário no seu time”. E esclarece que muitas mudanças estão por vir e todas com as suas digitais. Veja a entrevista.