Os empresários representantes das empresas de ônibus de Rio Branco viraram as costas para os vereadores, a população, a prefeitura e o Conselho Tarifário dos Transportes. Eles não compareceram a audiência pública promovida na Câmara de Vereadores para debater o aumento da tarifa do transporte coletivo da capital, na manhã desta sexta-feira, 25, o que revoltou os movimentos populares que participam da reunião no Legislativo municipal. A passagem deve sair de R$ 3,50 para R$ 4,03.
A audiência contou com as presenças de vereadores da Casa, do deputado estadual Eber Machado, membros do Conselho Tarifário, representantes do Fórum dos Movimentos Sociais e servidores da Superintendência de Trânsito de Rio Branco.
Um dos representantes da RBTrans na audiência pública apresentou dados dos transporte coletivo como custos e despesas. O deputado Eber Machado contestou o papel da Superintendência de Trânsito e disse que não cabe ao órgão municipal dar explicações pelas empresas. “Os empresários tinham que estar aqui para dar as informações técnicas. Não é o RBTrans que tem dar essas explicações. O ator principal aqui são os empresários. Cadê esse pessoal? Cadê eles?”
O presidente da União Municipal das Associações de Moradores de Rio Branco – Umamrb, Oseias Silva, protestou. “Não tem como o movimento comunitário concordar com esse aumento. É um serviço precário. A RBTrans pode fazer a parte dela.”
Francisco Panthio, do Fórum de Movimentos Sociais, sugeriu uma nova discussão sobre o Conselho Tarifário, que para ele não cumpre seu papel. “Tem que rediscutir a formação desse Conselho Tarifário. Como é que o Sindcol que é o mais interessando não faz o debate?”, lembrou.