A falta de segurança foi um dos temas da reunião entre os empresários de Cruzeiro do Sul, o pré-candidato do PT a governador do Acre, Marcus Viana, e o senador Jorge Viana, pré-candidato à reeleição, na Sala de Reunião Orleir Messias Cameli na sede da Associação Comercial do Acre local.
“Nós estamos precisando de segurança mesmo. Em Cruzeiro do Sul as pessoas são assaltadas, roubadas e não vão nem na delegacia porque não acreditam que vai ser resolvido. Já falei com o Jorge Viana, já falei com outros senadores, deputados para trazer a Força Nacional que poderia resolver”, relata o presidente da entidade, Assem Cameli.
A falta de segurança na cidade é uma reclamação geral. Além da guerra entre as facções criminosas nos bairros pelos territórios do tráfico que tem ceifado a vida de jovens, assaltos, roubos e arrombamentos assustam a sociedade.
“Segurança. Estamos à mercê da bandidagem. Hoje quem manda é quem faz as coisas erradas. Nós que trabalhamos o dia inteiro não temos segurança. Estamos nos privando de vivermos livres”, afirmou outro empresário.
Impostos
Os empresários de Cruzeiro do Sul reclamaram dos alto impostos cobrados pelo Estado no município. O Estado cobra 17% de ICMS.
“Estamos pagando 17% na venda. Eu sei que é preciso pagar. Mas é preciso melhorar essa relação”, lembrou Assem Cameli.
Turismo
Já os representantes da área do turismo lamentaram a falta de compromisso do Estado com o turismo da região, que possui enorme potencial, mas que é pouco explorado.
Um dos exemplos é a Serra do Moa, em Mancio Lima, na fronteira com o Peru, região rica em biodiversidade que atrai os olhares de várias partes do mundo, porém sem um plano de turismo concreto. Os empresários sugerem uma rota na região, incluindo hotel de selva e projeto de logística.
Houve também pedido de intercâmbio entre Cruzeiro e Pucallpa, região de Ucayali na Amazônia peruana, localizada a 200 quilômetros da cidade brasileira com grande potencial em setores como o madeireiro e turístico.
Os empresários dos ramos da hotelaria, turismo e transporte dizem que já entraram em contato com as autoridades da cidade peruana que disseram que estão abertos ao intercâmbio, porém o entrave está no aeroporto da cidade acreana que não possui condições e estrutura para voos internacionais.
Respostas de Marcus:
Impostos estaduais
– Vamos ter que discutir o parcelamento. E ter um tratamento diferenciado para Jordão, Marechal Thaumaturgo, Santa Rosa e Porto Walter. Sobre o Refis, nós vamos ter que construir juntos e esticar prazos. Estabelecer um marco zero a partir de 2019. Acho que o Refis vai ser o marco nessa relação.
Turismo
– O turismo movimenta muito a economia. Concordo. A gente tem que discutir essa questão junto à Receita Federal, à Infraero. Basta ver o Peru. As várias cidades do Peru que vivem do turismo.
Segurança
– Vamos ter que em algum momento discutir a legislação, o Código Penal, não é Jorge. Passa pela Audiência de Custódia. A Frente Popular teve a ousadia de pôr o debate da segurança na chapa majoritária. Com todo esforço da polícia, ainda há uma sensação de insegurança.