O rio Acre continua baixando seu nível de Assis Brasil a Rio Branco. A cota na Capital acreana marcou nas primeiras horas desta quarta-feira (24), 11,20 metros, 54 centímetros a menos nas últimas 24h. Já o rio Madeira, em Rondônia, na região do Abunã, mantém o registro de 20,80 metros desde 12h de terça-feira (23).
As intensas chuvas nas cabeceiras do rio Acre diminuíram segundo a Defesa Civil de Rio Branco, mas continuam na região que afeta a bacia do rio Madeira. O que não tira os alertas das autoridades do Acre e Rondônia, já que o Madeira pode transbordar sob a BR-364 se as Usinas hidroelétricas não fizeram a abertura das comportas de acordo com o fluxo de água que chega da região da Bolívia.
Em reunião na terça-feira (23), na cidade Porto Velho para debater o Plano de Contingência, Acre e Rondônia com a direção do Sistema de Proteção da Amazônia e Defesa Civil dos dois Estados, com direção da Usina de Jirau e representantes da Agência Nacional de Águas (Ana), ficou definido as principais ações a serem realizadas caso aja a possibilidade neste período das chuvas além do previsto pelos órgãos de monitoramento hidrológico aumentarem.
O Coronel Batista, que é comandante do Corpo de Bombeiro e Coordenador da Defesa Civil do Estado do Acre, esteve na reunião de trabalho em Porto Velho e até foi palestrante de uma das apresentações da situação da bacia do rio Acre e aproveitou também para apresentar documentação das dificuldades e prejuízos que o Estado enfrentou com a enchente do rio Madeira que transbordou a BR-364 e deixou o Acre isolado do restante do país por mais de 30 dias.
Em Porto Velho, o rio Madeira chegou à cota de 14,86 metros nesta quarta-feira, e está a menos de 15 centímetros da cota de alerta que é de 15 metros. O manancial já começa a atingir alguns bairros da Capital rondoniense e a Defesa Civil local vem trabalhando para garantir o suporte para as primeira famílias a serem atingidas pelas águas.