Ao menos oito advogados foram impedidos de adentrar o setor de atendimento da agencia Rio Branco, da Caixa Econômica Federal (CEF), no Centro de Rio Branco. Num protesto silencioso, bancários ficaram sentados em frente à porta giratória da agência não permitindo que os juristas conseguissem sacar os alvarás judiciais a que tem direito.
A vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AC) Seccional Acre, advogada Marina Belandi, afirmou que não houve nenhum desentendimento grave, contudo, o direito de ir e vir dos profissionais do Direito estava sendo cerceado, uma vez que qualquer cidadão pode livremente acessar os departamento da agencia bancária.
“O que nós queremos é apenas ver os alvarás, nada mais. Nós reconhecemos o movimento grevista como legítimo e constitucional. Não estamos entrando nesse mérito. Temos um acordo e uma ordem judicial. Compreendemos o movimento e o sindicato, mas de encontro também o direito de ir e vir. Tínhamos um acordo com a Caixa, mas hoje houve esse impasse”, explicou.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Edmar Batistela, não há nada de ilegal com o protesto dos servidores e quem se sentir lesado pode procurar os meios legais para questionar isso, na Justiça. Ele alegou, ainda, que alvarás judiciais não são parte do rol de serviços essenciais que devem ser mantidos na forma da lei.
“A categoria está agindo dentro da lei e é o direito do trabalhador. Os empregados que estão na frente da agência estão em greve. Todos têm o mesmo direito, não se pode atender uns e outros não. Por que a Caixa atendeu ontem? Qual é essa prerrogativas? E As demais pessoas? Ou o atendimento é pra todos ou o movimento é legítimo”, justificou.
Em nota, a Caixa Econômica informou apenas que compreende que o mínimo de pessoal que deve estar trabalhando é de 30% e afirmou, ainda, que mantém diálogos para que a legislação seja cumprida. O banco, contudo, não comentou sobre o piquete entre os advogados e bancários.