Em muito pouco tempo as Olímpiadas serão apenas uma lembrança para os brasileiros. Mesmo porque a mídia nacional terá um tema muito importante para abordar nesta semana que começa, a votação no Senado do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No próximo dia 25, quinta, os senadores iniciam a fase final do processo para chegarem à votação. Será o fim a uma novela que já se arrasta por mais de um ano. Os prognósticos são de que o impeachment deverá ter entre 60 e 63 votos a favor, dos 54 necessários. Mas alguns senadores governistas ainda acreditam numa reversão. Ainda que essa possibilidade pareça ser remota.
Votos do Acre
Conversei com o senador acreano Gladson Cameli (PP) que me disse o seguinte: “Eu sou totalmente a favor do impeachment. Não tenho dúvida que a Dilma cometeu crime de responsabilidade fiscal. Ela não sairá por motivações políticas como muitos querem fazer parecer. Até o dia 30, terça, deve acontecer a votação e com a presidente fora acho que o país voltará a respirar e retomará o seu crescimento econômico. Mas tenho certeza que a Dilma tentará sair como vítima do processo,” afirmou Cameli.
Mais um a favor do Acre
Conversei também com o senador Petecão (PSD). Ele reafirmou seu voto a favor do impeachment. “Eu entendo que o PT levou o Brasil a uma situação muito difícil. É preciso que a gente faça um gesto para mudar. O novo governo do Temer já criou uma expectativa positiva entre os empresários para o país voltar a crescer. E esse negócio que os petistas querem de uma nova eleição esbarra na nossa Constituição,” afirmou.
Ainda com esperanças
Também bati um papo com o senador Jorge Viana (PT) que votará contra o impeachment. “Votarei pela democracia e o respeito à soberania do voto da nossa população. Não há crime de responsabilidade da presidente. Então isso é um golpe falseado de impeachment que vai ferir a nossa democracia. Agora, quero lembrar que existem apenas seis votos para serem revertidos o que poderá mudar completamente essa história,” destacou.
A hora da eleição
As Olímpiadas e a votação do impeachment no Senado tiraram a atenção da população das eleições municipais. As campanhas dos candidatos acontecem em paralelo, mas acredito que só pegarão vento na primeira semana de setembro.
A força da TV
Vale lembrar que a campanha de rádio e TV dos candidatos a prefeito começará na próxima sexta, dia 26. Acredito que será um fator importante para colocar a eleição na pauta do dia. Os eleitores ainda indecisos terão oportunidade de conhecer as propostas dos candidatos para darem os seus votos.
Sem vermelho
Parece que virou moda os petistas “correrem” do vermelho. Em Tarauacá, o candidato à reeleição Rodrigo Damasceno (PT) e o vice Batista (PC do B) estão usando roupas azuis nas propagandas gráficas.
É o tal negócio…
Os petistas que correm do vermelho e da estrela do PT também devem estar negando as conquistas sociais do partido no Brasil com Lula (PT) e Dilma (PT). Ou não? Na minha opinião isso é uma grande besteira. Ninguém vai votar numa cor, mas nas propostas de um candidato seja do partido que for.
A volta
A vereadora candidata à reeleição, Rose Costa (PT), deve ter recebido um bom “afago” para voltar atrás da decisão de desistir. Ela alegava privilégios de determinadas candidaturas do PT da Capital. Nenhuma novidade, em todas as eleições sempre tiveram os “ungidos” pelos caciques.
Mágoas ao vento
Me lembro que nas eleições de 2010 para deputado federal os caciques do PT jogaram todas as fichas na candidatura de Léo de Brito (PT). Taumaturgo Lima (PT) surpreendeu e se elegeu. Na ocasião, Fernando Melo, que era candidato à reeleição deixou o PT alegando o privilégio a outros concorrentes do partido.
Tudo tem a sua hora
Léo de Brito conseguiu se eleger deputado federal, em 2014. Está fazendo um bom mandato. É um político leal às suas convicções ideológicas. Não nega o vermelho e nem a estrela do PT. As suas chances de reeleição serão grandes.
Diferença
Tenho um amigo que é candidato à reeleição a vereador em João Pessoa pelo PT. Lá na Paraíba eles torcem pela presença da Dilma e do Lula na campanha. Ao contrário do Acre, governado há 18 anos pelo PT, em que os “companheiros” querem distância dos seus líderes.
Nome a considerar
Muita gente esperava que as Olímpiadas no Brasil seriam um “vexame”. Não foi. O país mostrou uma capacidade enorme de superação em momento de crise econômica e política. Desse processo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), se saiu muito bem. Deverá ser presidenciável, em 2018.
Beleza na política
Possíveis “belas” revelações na disputa das vagas a vereadora nos municípios acreanos. Em Cruzeiro do Sul, a jovem Alderlânia Rocha (PDT), poderá ser uma surpresa. No Quinari, Marcela Araújo (PMDB), é outra jovem que entra com vontade na política. Enquanto em Tarauacá, a juventude de Renatinha (PC do B), estará na disputa. Em Assis Brasil, a bela Maria (PC do B) também entra na luta por uma vaga de vereadora.
Herói
O goleiro da Seleção Olímpica, Weverton, se tornou um herói das Terras de Galvez ao assumir a sua acreanidade. Como tudo no Acre gira em torno da política duas considerações a fazer. Primeiro que espero que nenhum candidato queira pegar carona no sucesso repentino do goleiro acreano. Segundo que o próprio Weverton deixou uma marca para no futuro ser candidato no Estado.
Pegando o ar com as mãos
A fumaça das queimadas anda tão intensa em Rio Branco que é possível segurar o ar com as mãos. Não entendo a indiferença das nossas autoridades com essa situação. É um problema serio que pode gerar muitas enfermidades decorrentes da poluição. O absurdo dessas queimadas é tão grande que outro dia via uma próxima a uma unidade do Corpo de Bombeiros. Parece que ninguém quer incomodar ninguém com a proximidade das eleições. Enquanto isso, a nossa saúde pública, que já sofre com os surtos de dengue, têm que enfrentar também o grande número de casos de doenças respiratórias.