A situação da estatal de energia Eletrobras, que enfrenta prejuízos bilionários desde 2012, é “insustentável” e exigirá uma revisão do tamanho e do papel da empresa no país, afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
A informação, que virou manchete do jornal O Estado de Sao Paulo, revela que o governo prepara um plano de vendas de ativos da companhia, o que deverá começar com empresas de distribuição e fatias minoritárias em usinas e linhas de energia. Isso, aliás, inclui estados como o Acre.
A ideia é iniciar as vendas pela distribuidora de energia Celg-D, que atende o Estado de Goiás, cuja privatização já havia começado a ser preparada pelo governo Dilma Rousseff, que chegou a definir um preço mínimo para a empresa e contratar o BNDES para apoiar o processo, mas não chegou a publicar o edital.
As sete distribuidoras da Eletrobras atendem, além de Goiás, estados das regiões Norte e Nordeste, como Acre, Amazonas, Alagoas, Piauí, Rondônia e Roraima. As empresas acumulam prejuízos devido a elevados índices de inadimplência e furtos e perdas de energia em seus mercados.
DÍVIDAS
No início de maio, o ac24horas noticiou que a Eletrobras enviou um pedido de anuência prévia à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para negociar uma dívida de R$ 5,449 bilhões que suas distribuidoras de energia acumulam com a BR Distribuidora e a Petrobras. O valor inclui os débitos adquiridos pela administradora do serviço no Acre, a Eletroacre.