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Na flor da idade, PT terá como desafio vencer desgaste de “velhice” no poder

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O Partido dos Trabalhadores (PT) completa nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, 34 anos de fundação no país. Organizado por Luiz Inácio Lula da Silva, a legenda teve como embrião o movimento sindical do ABC Paulista. O país ainda vivia sob influência do regime militar naquele início da década de 1980, mas parte da esquerda conseguiu liderar a fundação do PT.


Se no plano nacional o petismo teve origem nas fábricas das cidades, no Acre seu campo fértil foi o movimento dos seringueiros de resistência à invasão dos “paulistas” –a transformação dos seringais em pastos. Os sindicatos dos trabalhadores rurais de Brasileia e Xapuri foram o nascedouro do PT no Acre, além dos jovens marxistas dos cursos de Humanas da Universidade Federal do Acre (Ufac).

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Outro reduto do partido estava nos comunidades eclesiásticas de base da igreja Católica. Todas estas correntes foram a essência do PT acreano. Por ser formado principalmente por jovens, seus militantes ficaram conhecidos como “os meninos do PT”. Entre eles estavam as suas principais estrelas de hoje: os irmãos Jorge e Sebastiao Viana.


E foi sempre em torno deles que o PT flutuou nestes 34 anos de existência. Mas uma ex-seringueira também assegurava a conquista de passos importantes do partido: Marina Silva. O partido encarou as primeiras eleições no Acre durante processo de redemocratização com resultados sempre pífios.


Somente a partir da década de 1990 o cenário mudou. Foi logo naquele ano que o PT teve a chance mais clara de conquistar o governo do Estado. O engenheiro florestal Jorge Viana foi para o segundo turno enfrentando Edmundo Pinto, do extinto PDS. Não foi daquela vez que os petistas teriam a primeira vitória majoritária.


Oito anos seriam necessários para o sonho de chegar ao Palácio Rio Branco ser conquistado. Em 1998 novamente Jorge Viana concorre ao governo e vence sem muitas dificuldades. Após um processo de reconstrução do Acre por conta de 20 anos de desmandos e desgovernos, o petismo construiu uma engenhosa engrenagem de perpetuação do poder.


Há 16 anos os acreanos vivem sob influência do partido. Uma das estratégias é usar da força econômica do governo em um Estado pobre para manter os maiores aliados, “infiltrar” seus membros nos mais diversos segmentos da sociedade, exercer seu peso nos demais Poderes e censurar os veículos de comunicação para passar a imagem de um Acre fora da realidade da população.


Todo este sistema, porém, parece ter chegado à fadiga. As últimas eleições representam bem isso, com o partido tendo sempre vitórias bastante apertadas. Neste ano de sua 34º velinha apagada, o desafio dos petistas será a superação para vencer o cansaço do poder. “Os meninos do PT” estão de cabelos brancos (outros estão carecas mas com implantes) e parecem não mais empolgar o acreano.


As eleições de 2014 caminham para ser o grande teste da maturidade do petismo no Estado.


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