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Mãe de todas as batalhas

Puxado por um inflamado deputado Walter Prado (PEN), aos gritos de “chega de puxa-saquismo” a base do governo se rebelou ontem, na Aleac e derrubou o Relatório do deputado Geraldo Pereira (PT), que por orientação da Casa Rosada, tinha se posicionado contra a aprovação da PEC das emendas parlamentares impositivas. O fato foi comemorado com festa.


Clima de revolta
O clima chegou a ficar tenso com tapas do deputado Walter Prado (PEN) na mesa e dedo em riste na cara do deputado Geraldo Pereira (PT), que relutava por o seu Relatório em votação.


Mesa virada
O grupo rebelde já tinha feito discursos duros na tribuna, pregando o fim da subserviência à Casa Rosada, nas falas dos deputados Edvaldo Sousa (PSDC) e Walter Prado (PEN).


Vácuo de poder
Usando o fato do presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, deputado Moisés Diniz (PCdoB), estar fora, o grupo empossou o deputado Chagas Romão (PMDB), que começou a ofensiva.


Pressão em bloco
Acuado ante a virulência dos ataques, o deputado Geraldo Pereira (PT) ameaçou sair da reunião, mas foi avisado que seria substituído e acabou lendo seu Relatório contrário.


Convencido a voltar
Após breve reunião fechada com o deputado Eduardo Farias (PCdoB), o deputado Geraldo Pereira (PT) acabou voltando e viu seu Relatório ser derrotado, até com o voto do Eduardo.


Tese não aceita
A sua tese de que a PEC engessaria o orçamento estadual não foi aceita. Ganhou a tese que as emendas impositivas eram pontuais e específicas. Em meio a discussões e muito bate-boca.


Passagem cômica
Em meio às brigas, na leitura da Ata, o deputado Walter Prado (PEN) acrescentou ao trecho que dizia que o governo não liberava as emendas, o tópico “exceto para o deputado Jamil”.


Só com o pincel
Na hora da votação o deputado Pereira ficou só. Os deputados Eduardo Farias (PCdoB), Chagas Romão (PMDB), Walter Prado (PEN) e Toinha Vieira (PSDB) votaram contra seu Relatório.


Pitacos na votação
Em meio a cada voto os deputados soltavam o pitaco: “manda chamar os secretários candidatos a deputado estadual para votar”. Ou “chamem o Louro e o Reis para votar”.


Vitória comemorada
Um deputado atrás do outro comemorava a derrubada do Relatório. “Estamos hoje recuperando a autonomia do Legislativo”, disse Walter Prado (PEN), que saiu aplaudido.


Golpe de mestre
Por força do Regimento da Aleac, o novo presidente Chagas Romão (PMDB) avocou a nova relatoria para si, elaborou e aprovou de imediato a nova peça e matéria vai  para o plenário.


Dedução do episódio
Primeiro é que a base do governo não perdoa alguns secretários estarem usando a máquina para pedir votos à Aleac numa concorrência desleal e há por isso uma insatisfação geral.


Outra dedução
As emendas parlamentares impositivas (uma mixaria) não vão quebrar o governo e o governador Tião não deveria atender seus falcões e ir para o confronto com uma base fiel.


Até o fim
Os deputados Eber Machado (PSDC), Chico Viga (PTB) e Jonas Lima (PT) não tinham voto na Comissão de Orçamento, mas ficaram até o fim da sessão apoiando a derrubada do Relatório.


Ponto central
O governador Tião Viana está bem e lidera todas as pesquisas, inclusive, as da oposição, e não deveria trazer esse debate para o colo, mas deixar prevalecer a vontade da maioria da base.


Outro aspecto
Outro aspecto a se observar é que as emendas de 100 mil reais anuais não seriam manuseadas pelos deputados, têm que ser destinadas a entidades assistenciais. Por que o confronto?


“Safado” e “moleque”
Nos bastidores, o deputado Jonas Lima (PT) se queixava que, na última reunião da plenária do PT, foi chamado de “moleque” e de “safado” pelo subsecretário municipal de Saúde, Otoniel.


Fim da era
Dirigindo-se aos jornalistas presentes, Jonas Lima (PT), previu: “vocês estão errando, o Sibá Machado vai ganhar a eleição e vamos acabar com a era de mando do Carioca no PT”.


Comemorando o muro
Jonas comemorava o fato de supostamente o prefeito Marcus Alexandre ter liberados os ocupantes de cargos de confiança do PT para votar livre na eleição para presidência do PT.


 


Nem a pau
O ex-deputado José Bestene conhece as pedras. Diz que o PP não se coliga com o PMDB e PSDB para deputado federal e estadual, porque sabe que se fizer isso o PP não elege ninguém.


Cada dia mais claro
Está cada vez mais claro que as alianças na oposição serão do PMDB com o PSDB, apoiando Márcio Bittar (PSDB) ao governo, e PP-PSD-DEM, apoiando Tião Bocalon ou Sérgio Petecão.


A reflexão é política
O governador Tião Viana não perdeu uma votação na Aleac durante seu governo. Todo projeto que enviou foi aprovado. Não vejo, pois, razão para uma medição de forças com uma base que lhe é fiel, na questão das emendas impositivas, que não complica a execução orçamentária e suas metas, pelo baixo valor. Na política, e o Tião Viana sabe como poucos: tem hora de avanço, de confronto, mas a hora do recuo, principalmente, quando não se ganha nada.


 


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