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Estado de direito

Ninguém está imune a uma investigação judicial. As prisões de vários empreiteiros e secretários estaduais devem ser vistas por esse ângulo. Estamos num Estado de Direito. E por isso mesmo, enquanto não forem condenados em grau final, os presos têm sim de serem vistos só como acusados. As suas prisões não necessariamente podem acabar em condenação.


Posição republicana
A Nota Oficial do governador Tião Viana veio num tom republicano, apoiando a investigação de membros do governo e ressaltando o princípio constitucional da presunção de inocência.


Complemento necessário
Tião Viana, que prima pela transparência, tem que, imediatamente, afastar os secretários envolvidos no caso até a apuração, não pode deixar qualquer margem para a especulação.


Separando as coisas
A fase é de investigação e não atinge a figura pessoal do governador Tião Viana. Até porque o Tião é da pequena cota de políticos limpos. Há que se separar o fato da sua imagem pessoal.


Duas idiotices
Nas redes sociais, como sempre, muita baboseira. Uma delas que o governador Tião Viana deve ser arrolado. A outra que foi uma armação da oposição. São duas gritantes idiotices.


Besteirol social
Outro besteirol é se atacar a Polícia Federal como “inimiga do PT”, que está cumprindo nada mais e nada menos que uma determinação judicial e o seu papel de fazer as investigações.


Ilação em sentido
É uma ilação falha se dizer que o fato atinge diretamente a reeleição de Tião Viana. Em eleição majoritária se vota na pessoa, no carisma, e o Acre é uma paróquia, onde todos se conhecem.


Falsa imagem
Na operação foi passada a falsa imagem de que esses empresários presos estão nadando em dinheiro público. A maioria está quebrada! Suas margens de lucros nas obras são pequenas.


Homens de bem
E esses empresários não podem ser mostrados como “bandidos”, até que saia uma condenação são tão limpos como qualquer réu primário, assim são as regras no Direito.


 Onde deveria estar
O caso, que não é político, mas criminal, deveria estar onde se encontra, na justiça. Numa  democracia é assim que as coisas se resolvem, todo denunciado tem direito de se defender.


Voz da oposição
O deputado Werles Rocha (PSDB) disse ontem ao blog que, o fato da investigação estar sob o comando da Polícia Federal já o deixa tranqüilo e certo de que, haverá uma apuração isenta.


Muito tranqüila
A deputada Maria Antonia (PP) é uma parlamentar que não se descabela pela reeleição, por um aspecto político positivo: não atende somente na eleição, sua casa é lotada todo o dia.


Não depende
Equivoca-se quem pensar que, o senador Petecão (PSD) só será candidato ao governo se tiver o apoio do PMDB. É tolice o Márcio Bittar investir no PMDB pensando que isso o demoverá.


Não perde nada
Petecão é um franco atirador nessa história: se ganhar acertou na Mega-Sena, se perder não perderá nada; e ao contrário, terá massificado ainda mais seu nome para reeleição ao Senado.


Redutos minados
Com a candidatura em Rodrigues Alves da mulher do prefeito Burica (PT) e em Mâncio Lima da mulher do prefeito Cleidson (PMDB), o deputado Jonas Lima (PT) foi minado nos dois redutos.


Plano antigo
A alguns deputados o Jonas tem aventado a hipótese de sair e lançar uma filha a deputada.


Conversa franca
O deputado Ney Amorim (PT), padrinho do prefeito do Bujari, Tonheiro (PT), precisa falar para ele que, já assumiu o mandato tem de deixar de olhar pelo retrovisor e mostrar trabalho.


Aliança possível
O deputado Luiz Tchê (PDT), aliado de primeira hora no Acre da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à presidência, crê numa aliança nacional entre o PDT e o PSB.


Desfecho certo
Em qualquer análise que se fizer sendo o governador Eduardo Campos candidato a presidente, no Acre, o PSB não estará no palanque do PT, por isso é bom irem buscando  outro rumo.


Muito abalado
Quem ficou muito abalado com a morte do ex-governador Orleir Cameli foi o ex-deputado federal Alércio Dias, de quem era amigo. Mandou pelo blog a solidariedade à família Cameli.


Sem proselitismo
Espera-se que a manifestação evangélica Marcha para Jesus, nesse sábado, não se transforme num ato político. Aliás, é uma mistura explosiva juntar política com o sectarismo religioso.


Nada de anormal
Nada de extraordinário, coisa do outro mundo, os fatos acontecidos ontem, com a prisão de empresários e secretários estaduais. Na democracia é assim: quem resolve qualquer denúncia é a justiça, onde o acusado se defende e pode ser inocentado ou não. Por isso querer tratar no momento como culpados os investigados é um açodamento, na justiça existe o contraditório.


Por Luis Carlos Moreira Jorge


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