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Enchentes e obra de ponte desfiguraram uma das ruas mais tradicionais de Xapuri

Rua Major Salinas - Foto: Raimari Cardoso
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Reivindicação recente de moradores para serem retirados, por meio de processo de desapropriação, de uma área adjacente a uma das cabeceiras da Ponte da Sibéria, em construção em Xapuri, é um dos indicadores de que uma das ruas mais tradicionais da cidade, a Major Salinas, onde já moraram figuras ilustres da sociedade local, vive momentos muito diferentes de um tempo não tão distante.


A decadência da “Major”, como a rua sempre foi carinhosamente chamada pela população, começou a partir da morte de pessoas simbólicas, como o artesão e carnavalesco Hélio Rodrigues; Zélia Aboaxe e Nêgo Éti, esses também com forte ligação com os bons carnavais de época da cidade, entre muitos outros, além saída da cidade de muitas pessoas de presença marcante.

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Depois vieram as grandes enchentes, como a de 2012, inundando completamente a rua Major Salinas. Em 2015, ocorreu a maior da história, com o Rio Acre ultrapassando os 18 metros e causando grandes desbarrancamentos das margens onde passa a histórica rua. Neste ano, o rio voltou a inundar a rua, que jamais se recuperou dos impactos causados pelos fenômenos anteriores.


Atualmente, o problema é outro, e relaZox News Optionscionado com uma obra que durante décadas tem sido o maior sonho de consumo da população local: a Ponte da Sibéria, que começou a ser erguida no ano passado. Algumas famílias reclamam que as obras afetaram a estrutura de imóveis que, segundo os moradores, já deveriam ter sido removidos do local e seus proprietários indenizados.



Existe, no momento, um impasse sobre de quem é a responsabilidade pelo problema. Se o governo do estado, responsável pela obra, considerando-se que ela seja o motivo dos danos causados, ou o município de Xapuri, diante da possibilidade de os prejuízos estruturais terem sido provocados pela última enchente, o que jogaria o caso para a alçada da prefeitura.


Junto com o impasse, está um cenário desolador, com muita poeira e barulho causados pelo tráfego de máquinas e caminhões, tomando conta da rua que já teve muita vida, com comércio variado, hotel, churrascaria, pequenas pensões e até uma escola de samba, chamada “Unidos da Major”, nos tempos em que os desfiles carnavalescos eram coisa normal em Xapuri.


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