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Moradores querem ser retirados de área em que ponte é construída em Xapuri

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Pelo menos cinco famílias que moram nas imediações de uma das cabeceiras da Ponte da Sibéria, que está em construção em Xapuri, estão cobrando o governo do estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura Aeroportuária (Deracre), para serem retiradas do local e terem seus imóveis indenizados.


Uma das moradoras, Sanderlelia Teixeira da Silveira Alves, que além de residir na área possui um salão de beleza no local, diz que a retirada e a indenização dos imóveis pelo governo foi prometida inicialmente, mas que com o passar do tempo as “conversas” mudaram e atualmente existe um impasse que envolve até o município, por meio da Defesa Civil.

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Segundo a moradora, não há condições para as famílias permanecerem no local, pois além de todos os transtornos causados pela obra, como barulho e muita poeira provocados pelo vai e vem de máquinas, a estrutura dos imóveis foi afetada pelos serviços a ponto de um restaurante ter apresentado rachaduras e ter sido interditado pela Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.


“Nós estamos sofrendo muito com essa situação, passamos o dia inteiro na poeira e estamos em sérias dificuldades conta da obra. É caminhão para lá e caminhão para cá, eu tenho crianças com problemas respiratórios. Além disso, eles escavaram muito o barranco aqui atrás, fizeram um buraco enorme e há perigo de desabamento”, disse a moradora.


O ac24horas entrou em contato com um dos diretores do Deracre, Sócrates Guimarães, que está em Brasília tratando de assuntos da autarquia, que está com o cargo de presidente vago. Guimarães é, inclusive, um dos nomes cotados para assumir a presidência do órgão nos próximos dias, mas ainda não há uma definição do governo sobre isso.


Sócrates pediu para que, antes que ele se manifestasse sobre o assunto, a reportagem entrasse em contato com a Defesa Civil Municipal. Ele adiantou, no entanto, que assim que o novo diretor-presidente do Deracre for nomeado o caso será levado a ele para o assunto ser retomado. “Mas vamos resolver este problema e também o do restaurante”, disse.



A razão do pedido de Sócrates para a Defesa Civil ser consultada existe um laudo solicitado pelo município a um engenheiro sobre a situação dos imóveis interditados após a última enchente do Rio Acre. Ocorre que, segundo o secretário de Obras de Xapuri, Josué Ferreira, o resultado do estudo não apontou se a causa dos danos aos imóveis foi a alagação ou a obra da ponte.


“Ele diz [o laudo técnico] que aparecem rachaduras e fissuras nas paredes, mas não diz o porquê daquilo, não indica a causa dos danos que ocorreram nos imóveis, se a enchente ou a obra da ponte. Os moradores afirmam ser resultado da obra, mas não há nada de concreto, tecnicamente falando, a respeito das causas”, afirmou o secretário que também é o coordenador da Defesa Civil no município.


Nos últimos meses, várias reuniões já foram realizadas, envolvendo representantes do governo e prefeitura, além de vereadores, mas sem chegar a um consenso sobre de quem é a responsabilidade pelo problema. Diante do impasse, o caso caminha para ser resolvido na esfera judicial, considerando que os moradores já deram entrada em uma reclamação na Promotoria de Justiça de Xapuri.


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