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Policiais penais do Acre temem ser alvos de execução após “acordo de paz” entre facções

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O presidente da Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen), Éden Azevedo, declarou ao ac24horas na manhã deste sábado, 31, que as facções criminosas podem estar planejando ataques contra agentes de segurança, especialmente, aos que atuam nas penitenciárias do estado.


Segundo Azevedo, a motivação pelos ataques pode estar ligada a suposta paz entre as principais facções rivais do Acre. No caso, a facção do Bonde dos 13 e do Comando Vermelho, que comandam o tráfico de drogas, armas, roubos e prostituição no Estado. A trégua teria sido dada por meio de comunicados nas redes sociais. Outra motivação pode ser em virtude que nos últimos dias mais de 60 monitorados quebraram a tornozeleira eletrônica, conforme dados do Instituto Penitenciário do Acre (Iapen).

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“Eles alegam que são perseguidos por que o Estado os oprime. Aqui no Acre já aconteceu várias vezes. Só aqui mais de 10 policiais penais morreram, desde a implantação do sistema”, explicou.


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Recentemente, segundo levantamento realizado pela equipe do ac24horas, o Estado passou 24 dias, ou seja, três semanas e meia, Rio Branco não registrou nenhum homicídio ligada ao tensionamento entre organizações criminosas. Os dados corroboram com uma suposta trégua entre o crime organizado.


Éden acredita que os supostos ataques contra os operadores de segurança podem estar sendo orquestrados pelos membros do Comando Vermelho, a exemplo do que vem ocorrendo no Estado do Pará, onde já morreram 16 polícias penais em apenas um mês.


Por meio de nota enviada à reportagem, Azevedo ressaltou que em virtude das recentes ocorrências em outros estados, solicita aos policiais penais e operadores da segurança pública em geral, atenção redobrada durante o serviço e, sobretudo nas folgas.


“O alerta se faz necessário, considerando informações extraoficiais de que facções criminosas estariam tramando contra a vida de policiais no Acre. É cediço, que o risco é inerente à função policial, no entanto, é de suma importância que as Forças de Segurança Pública estejam unidas e em alerta, em especial neste momento, na defesa dos seus e da sociedade como um todo”, argumentou.


Os dados apontam que uma das últimas mortes em decorrência das facções foi a de Edicleuson Brito, 46 anos, que foi executado com nove tiros na tarde de terça-feira, 22 de junho, dentro de sua residência, localizada na rua Boulevard Augusto Monteiro, situada no bairro Triângulo Novo, no Segundo Distrito de Rio Branco. Na época, a polícia levantou que a motivação do crime pode ter sido ocasionada por Edicleuson ter denunciado à polícia uma “boca de fumo”.


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