A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira, 4, o uso emergencial no Brasil da vacina russa contra Covid-19, a Sputnik V. Porém, o quantitativo inicial atenderá inicialmente, seis estados do nordeste
A autorização em caráter excepcional foi aprovada pelos membros diretores da agência após o pedido do Consórcio Nordeste, que tem acordos de compra fechados com a farmacêutica responsável pelo imunizante.
No entanto, a Anvisa também decidiu que o número de doses da Sputnik será limitado a 1% da população do estado para facilitar as medidas de controle e supervisão dos efeitos. Abaixo, a quantidade permitida para cada um: Bahia: 300 mil; Pernambuco: 192 mil; Ceará: 183 mil; Maranhão: 141 mil; Piauí: 66 mil e Sergipe: 46 mil.
O diretor e relator da Anvisa, Alex Machado Campos, disse que após uso do referido quantitativo, a Anvisa avaliará os dados de monitoramento do uso da vacina para subsidiar nova deliberação da Agência quanto aos próximos quantitativos a serem importados.
Já o pedido de importação pelos estados é distinto e independente do pedido de uso emergencial da Sputnik V feito pela empresa União Química. O pedido da União Química, onde contempla o estado do Acre, está com prazo de análise suspenso e depende de informações completas do laboratório. Até agora, tem autorização de envase da vacina no Brasil, mas não de fabricação
Caso ocorra tudo certo com o primeiro lote, o Acre deve, enfim, receber as 700 mil doses da vacina ‘Sputnik V’, produzida na Rússia, por meio do Consórcio dos governadores do Nordeste e Fundo Soberano Russo. A compra avaliada em R$ 40 milhões de reais foi anunciada em março pelo governador Gladson Cameli.
O consórcio norte/nordeste assinou a compra de 37 milhões de doses do imunizante. A previsão era que as doses chegassem ao Brasil entre os meses de abril e julho deste ano.
O governo quando destacou que assim que a vacina estiver pronta na Rússia, o Estado precisa fazer o depósito de 25% do valor contratado, cerca de R$ 10 milhões. Já na data do embarque, que será diretamente Rússia/Acre, o governo terá que pagar os outros 75% do contrato.
Esta foi a segunda vez que a Sputnik V foi analisada pela Anvisa. Anteriormente, a agência negou o uso do imunizante por falta de detalhes em relação à segurança e eficácia. Mais documentos foram enviados, o que possibilitou a aprovação.