Menu

Pesquisar
Close this search box.

Quatros pessoas são presas no Acre e PF diz que empresários recebiam ajuda de servidores para fraudar licitações

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

A Operação Asfixia, deflagrada nesta quarta-feira, dia 25, pela Controladoria Geral da União (CGU) e Polícia Federal (PF), prendeu quatro pessoas no Acre, todas envolvidas, segundo a investigação, com um grupo que fraudava licitações, superfaturava preços e adulterava produtos que eram adquiridos pelo setor de Saúde do Acre. A Policia Federal não divulgou os nomes dos envolvidos.


O delegado Eduardo Gomes, da Delegacia de Crimes Fazendários, responsável pela operação, revela que os crimes impactaram diretamente nos pacientes que são que utilizam o Home Care, serviço que monta uma UTI na casa de usuários do SUS, com acompanhamento médico 24 horas por dia.

Anúncios


“A empresa foi contratada para fornecer oxigênio em cilindros. Ela [empresa] pegava três cilindros cheios, e dividia isso para quatro cilindros. Fizemos a investigação e constatamos outra fraude, no serviço home care: muitas pessoas receberam da empresa máquinas concentradoras de oxigênio e não o gás oxigênio recomendado”, explica.


Ainda segundo Gomes, a fraude ia muito além do que se imaginava ao início das investigações. Além de contar com o apoio de servidores das repartições, o grupo estava prejudicando a saúde dos pacientes do home care e, ao mesmo tempo, obtendo lucros financeiros com isso.


“Além de expor a saúde e vida das pessoas, ela também tinha um lucro com isso, porque não entregava o serviço contatado. Nós constatamos também que as licitações estavam com muitos vícios, com superfaturamento, sobrepreço. São ao todo três empresas, e dois servidores presos, afastados dos cargos”, completa.


São vários os crimes percebidos pela investigação: adulteração de cilindros de oxigênio, mediante transvase (quando o produto é transferido para outros cilindros em quantidade menor), sobrepreço em contratos, favorecimento às empresas suspeitas e deficiência nos controles de entrega dos cilindros contratados.


Para o superintendente da CGU no Acre, Ciro Jônatas Oliveira, havia um lapso muito grande entre a entrega e controle do material que era fornecido para o hospital público e para a secretaria, que pagava pelos serviços.


Oliveira afirma que a fraude e o dano aos cofres públicos pode ser ainda mais que o R$ 1,5 milhão já percebido.
“A CGU apurou um sobrepreço, porque os valores cobrados era superiores ao sobrados no mercado, sem falar da fragilidade que há no controle de entrega desse produtos: assinaturas em branco, falta da quantidade. Um serviço que foi pago mas que não se sabe se foi disponibilizado”, explica.


Ciro Oliveira destaca que os contratos tiveram as licitações realizadas a partir de 2013, mas apenas em 2015 os contratos foram assinados, desde quando as investigações vem ocorrendo. “O montante total, entre 2015 e 2017, é de R$ 10 milhões. Já o superfaturamento é de aproximadamente R$ 670 mil, completa.


Segundo o delegado Eduardo Gomes, é possível que haja um esquema para o pagamento de propina envolvendo servidores estaduais.


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido