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Rio Branco oferece fisioterapia em unidades de saúde

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A fisioterapia, que trata das deficiências motoras e trabalha a reabilitação dos movimentos, é oferecida na rede pública municipal de Rio Branco. O serviço está disponível nas Unidades de Referência de Atenção Primária – URAPs Claudia Vitorino (Taquari) e Roney Meireles (Adalberto Sena) e também é feito em domicílio para acamados e idosos por meio do Núcleo de Apoio a Saúde da família – NASF. E a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e o Centro de Equoterapia Gente que Cuida, também oferta a equoterapia (tipo de terapia feita com o uso de cavalos) para crianças em um rancho próximo a Rio Branco.


Nas duas URAPs – Roney Meireles e Cláudia Vitorino, os fisioterapeutas atendem três vezes por semana e também fazem as visitas em domicílio, ministrando os exercícios e orientando os familiares para que eles também possam exercitar os pacientes diariamente. Na URAP Roney Meireles o atendimento é de segunda a quarta-feira. São oito pacientes por dia. E os acamados, atualmente dez pacientes, são visitados quatro vezes por semana. Na URAP Claudia Vitorino a fisioterapia também é ofertada três vezes por semana, quando são atendidos 24 pacientes.

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A demanda ainda é grande, reconhece o secretário de saúde, Oteniel Almeida, acrescentando que o atendimento, feito com profissionais e equipamentos de boa qualidade, cumpre papel importante em Rio Branco, na medida em que houve aumento no número de acidentes, principalmente com motos. “Depois das cirurgias ortopédicas, a fisioterapia é que garante a recuperação dos pacientes, que podem ficar, por exemplo, incapacitados para o trabalho, caso não tenham acesso ao tratamento”.


“Sem a fisioterapia eu não voltaria a andar”


Aos 22 anos, Anderson Silva, depois de sofrer um acidente de moto em julho deste ano, está reaprendendo a andar por meio da fisioterapia que faz três vezes por semana na URAP Cláudia Vitorino. Cada sessão de 30 minutos é importante para recuperação dele, que quebrou ossos do pé direito e teve grave lesão no tendão.


“Tive que começar tudo de novo e só a cirurgia não iria resolver o meu problema. Antes de iniciar o tratamento com a fisioterapia aqui no Cláudia Vitorino, eu tive medo de nunca mais andar. Mas, depois das primeiras sessões já senti a diferença. Já ando e sei que vou progredir a cada sessão. Na rede privada meu tratamento ia custar mais de R$ 600 eu não poderia pagar”, conta Anderson, aliviado.


Além de equipamentos como a bicicleta, as barras paralelas, a cama elástica, o fisioterapeuta Raylson Farias utiliza, ainda, no tratamento de Anderson, um aparelho que estimula a contração muscular. “A regularidade na fisioterapia é fundamental, sob-risco de se perder todo o resultado de cirurgias ortopédicas. Estou há mais de 20 anos neste ramo e é visível o aumento da necessidade da fisioterapia em Rio Branco, dado o aumento no número de acidentes de motos. As cirurgias e a fisioterapia é que reabilitam os trabalhadores, evitando maiores gatos para os cofres públicos com o Auxílio Doença do INSS”.


Fisioterapia em casa


Os acamados, pessoas sem possibilidade de locomoção e idosos são atendidos pelos fisioterapeutas em suas casas. Os profissionais, atuam nos exercícios e em casos de pacientes irreversíveis, orientam os familiares para que eles mesmos façam os exercícios com os pacientes. Nestes casos, fazem retorno nas residências, a cada 15 dias.


Uma das pacientes que a fisioterapeuta da URAP, Roney Meireles, Vanúcia Freitas, visita duas vezes por semana e auxilia nos exercícios é a Dona Emília Pereira, de 96 anos. “Os exercícios possibilitam que ela, por causa da idade e do estado acamado, não perca os movimentos por completo. A fisioterapia aqui proporciona qualidade de vida para a idosa”.


A nora de Dona Emília, Josefa da Silva, relata que a idosa já não sentava mais, nem conseguia se alimentar o que mudou com a fisioterapia. “Ela agora se senta, segura a colher e já não sente mais tantas dores em todo corpo”.


Fisioterapia preventiva


Na URAP Roney Meireles, também é desenvolvido um projeto até então inédito na capital: a fisioterapia preventiva. Os exercícios são feitos na Academia ao Ar Livre, instalada pela prefeitura ao lado da unidade de saúde, no bairro Alberto Sena. A fisioterapeuta Vanúcia Freitas diz que a prática é indicada para pessoas de qualquer idade, para que elas possam ter uma boa qualidade de vida, e também para pessoas da terceira idade. Segundo Vanúcia, os exercícios reduzem a glicemia (níveis de açúcar no sangue) e o peso, além de amenizar dores e facilitar a respiração.


O grupo se reúne duas vezes por semana na área em frente à URAP Roney Meireles. Fazem dez minutos de exercícios de alongamento e, em seguida, mais 20 minutos utilizando os parelhos da Academia Ao Ar Livre. Aos 84 anos, Francisca Pereira, diz que “já estava travada em casa e com problema de pressão alta, até que resolvi fazer esses exercícios. Agora me movimento normalmente e minha pressão está estabilizada”.


Com 44 anos, Cecília Cajazeira, diz que fazer a fisioterapia preventiva agora é uma aposta na qualidade de vida futura. “Quando eu estiver mais velha espero estar em bom estado de saúde com muita disposição”.

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Equoterapia


Desde o início deste ano a secretaria de saúde de Rio Branco, por meio de uma parceria com a Secretaria Estadual de Educação e o Centro de Equoterapia a Gente Cuida, aposta na equoterapia como forma de tratamento para crianças com problemas motores. Sessenta crianças, alunos da Escola de Ensino Especial Dom Bosco, e pessoas da comunidade, são atendidas às terças, quartas e quintas-feiras em um rancho próximo a Rio Branco. A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais.


As sessões de equoterapia são realizadas no Rancho Dubay, no Ramal Santa Maria, na AC-40, cedido pela proprietária, Cristina Andrade, que também cede os dois cavalos Quarto de Milha utilizados nos exercícios, o Petisco e o Lorinho.


E as crianças adoram a hora dos exercícios nos cavalos. Catrine, de seis anos, tem paralisia cerebral. Montada em Petisco, ela é só felicidade. Além dos exercícios físicos, o fisioterapeuta Ismaily também utiliza aros e argolas para estimulação dos movimentos. “Já os jogos educativos estimulam a parte cognitiva”, explica ele.


Samuel Coelho, de quatro anos, que também tem paralisia cerebral, fica concentrado em cima do animal e demonstra segurança nos movimentos. Os pais deles, Antônio e Ocileide, contam que o filho, agora, já segura o pescoço e tem maior controle da coluna.


As sessões de equoterapia são de 30 minutos. O fisioterapeuta Ismaily Soares, destaca que há crianças de Xapuri, Capixaba e até de Extrema, em Rondônia, fazendo equoterapia no rancho. É o caso de Raynara, que toda terça e quinta-feira percorre mais de 300 quilômetros para chegar ao rancho e fazer os exercícios. A mãe dela, Dona Rosa, diz que a filha melhorou muito com o tratamento. “Ela agora se senta e está muito mais feliz da vida”.


Ismaily ressalta que os exercícios feitos por ele, nas crianças em cima dos cavalos, são importantes para o fortalecimento da região vertebral e abdominal. Ele destaca outros benefícios da equoterapia como: consciência corporal, organização temporal e espacial, melhora na postura, alongamento e flexibilidade muscular, melhora nas funções intelectivas (cognição), melhora do apetite, digestão e deglutição, fala e linguagem, alfabetização, aspectos sociais e aspectos psicológicos.


Para ter acesso aos serviços de fisioterapia e equoterapia oferecidos pela SEMSA, os pacientes precisam se dirigir às URAPs Cláudia Vitorino e Roney Meireles para o agendamento. No caso dos acamados, o agendamento pode ser feito pelos familiares.


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