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Índios do Acre são destaque durante desfiles do SPFW

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unnamed (2)Um pouco da cultura Yawanawá, tribo indígena que vive às margens do rio Gregório, no município de Tarauacá, no Acre, foi destaque durante um dos maiores desfiles de moda do Brasil e o mais importante da América Latina, o São Paulo Fashion Week, iniciado nesta segunda-feira (13), em São Paulo.


Alberto Hiar, diretor artístico da Cavalera, levou um pouco da sua experiência com o grupo indígena Yawanawás, para as passarelas da semana de moda. Com performance ao ar livre, a tribo fez um ritual de purificação para receber os looks da coleção verão 2016. Entre os convidados especiais, Reynaldo Gianecchini, que desfilou, Rodrigo Lombardi, Deborah Secco e Ronaldo “Fenômeno”, que assistiram da plateia.unnamed (3)


Oito horas de barco, sete de carro e outras cinco de avião. Esse tempo – quase o suficiente para uma pessoa cruzar o mundo em uma viagem de avião – foi gasto pelo grupo de 20 índios da tribo Yawanawá para atravessar o país e sair do interior do Acre até São Paulo.


Peças de jeans cheias de recortes, contrastavam com bordados coloridos e cheios de formas geométricas. Modelagem solta e com cintura marcada, parkas, vestidos, ponchos, calças e blazers fizeram-se presentes.

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As estampas foram baseadas nas pinturas presentes na cultura dos índios, com uma mistura de animal print. As cores fortes mostram um verão impactante repleto de vermelho, preto, branco, laranja e azul.


Antes do desfile, eles se pintaram e se enfeitaram, como nos grandes dias de festa na tribo, e ensaiaram cânticos e danças. “Queremos trazer a energia da floresta para São Paulo”, disse o pajé Matsinim no backstage do desfile.


“Queremos mostrar que ainda existe uma grande esperança de um mundo melhor. A gente vê as pessoas e tantas coisas acontecendo… Parece que elas estão presas, sabe? Como numa loucura. E a gente quer, através dos nossos cantos e pinturas corporais, transmitir essa energia que não vem só de nós, mas que nos acompanha desde nossos ancestrais.”


Para a índia Kenewama, filha da cacique da tribo, o que se propõe entre as duas culturas é uma troca. “Queremos que vocês vejam que a gente existe, mas também queremos oferecer nossa cultura e espiritualidade, especialmente para São Paulo, que está vivendo uma grande crise com a seca”, disse ela, em um bonito gesto de solidariedade.


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