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Família acompanha o dia-a-dia do cemitério da “biqueira” de casa

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Imagine essa situação:  abrir a janela de casa e vislumbrar milhares de túmulos, cruzes de todas os tipos, e cortejos fúnebres o ano inteiro. Assim tem sido a rotina da família do ex- coveiro do cemitério São Joao Batista, Manoel Luz de lima, 50 anos, todos vividos ao lado do campo santo.


Na residência de sete cômodos, além de Manoel, vivem a sua esposa, dois filhos e a matriarca da família. Todos afirmam que não tem medo de assombração e que já se acostumaram com a paisagem sui generi.

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Todavia, cada um deles tem algo a contar. O jovem  Kauefman Jonny,25 diz que no passado já ouviu assobios  de dentro do cemitério e chamados de longe do seu nome.’’ Embora tenho ouvido isso, não tenho medo, a noite fico na lage tomando tereré sem sentir mais medo’’. declarou.


A vida dessa família está diretamente ligada ao nascimento e crescimento do cemitério São João Batista. A primeira a chegar foi a matriarca, Lucilva Vaz de Abreu, no ano de 1945, quando a região ainda era mata fechada.


‘’Quando chegamos aqui o cemitério tinha no máximo trinta túmulos’’, lembra Manoel Luz. Da janela de casa, ele conta orgulhoso vários episódios. Ele afirma que a infância foi vivida entre os túmulos. Não tinha cerca e o quintal de casa se confundia com o terreno do cemitério.


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Na juventude, relata as muitas aventuras, chegando a dormir no cemitério depois de alguns porres inconsequentes. Não deu outra. Acabou virando coveiro e sabe onde estão enterradas muitas personalidades acreanas do passado.


E apesar de jurar de pé junto nunca ter visito nenhuma assombração, conta que já viu muita gente correr com medo, citando em especial, um padeiro, que certo dia passou oferecendo pão nas redondezas e se assustou quando um coveiro respondeu de volta ‘me dá um ai!’


‘’Coitado, o padeiro não viu o coveiro e achou que era uma alma penada, saiu correndo e até hoje não foi mais visto’’, relata aos risos.


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