Um dos maiores desafios do governador Sebastião Viana (PT) neste segundo turno contra Márcio Bittar (PSDB), será superar o seu próprio alto índice de rejeição. Segundo pesquisa do Instituto Delta, realizada nos dias 21 a 26 de setembro passado, quando perguntados em qual candidato você não votaria de jeito nenhum, o petista é rejeitado por 24,25% de eleitores.
Já neste quesito, o candidato tucano Márcio Bittar nada de braçada. É dele, entre todos os candidatos que colocaram o nome para concorrer ao cargo de governador, o menor índice de rejeição. Quando consultados por pesquisadores a resposta do eleitor para a mesma pergunta, foi de que apenas 12,65% não votariam nele de jeito nenhum. Na época, Bocalom registrava 17,70% de rejeição e Antônio Rocha 14,40%.
A pesquisa foi encomendada por ac24horas.com ao instituto Delta há uma semana das eleições do primeiro turno. Foi registrada no TRE-AC sob o número AC-00048/2014e ouviu 2.500 pessoas. A confiabilidade da pesquisa é de 95%, com margem de erro de 2% para mais ou para menos.
Uma semana antes das eleições do primeiro turno, a simulação do segundo turno entre Sebastião Viana e Márcio Bittar apontava vitória do petista com 50,35% contra 42,95% do tucano. Branco, nulos, não sabem ou não responderam corresponderam a 6,70%, informa a Delta.
Ainda segundo levantamento da Delta, a gestão do governador Sebastião Viana também foi avaliada. Dos 2.500 entrevistados, 13,30% acham ótima, 39,90% consideram boa e 34,05% registraram como regular. Gestão ruim e péssima foi avaliada por 10,85% dos entrevistados. O índice de quem não sabe ou não responderam foi de 1,90%.
De acordo com a pesquisa, 24,85% dos entrevistados são autônomos, 18,50% donas de casa e 12,10% de aposentados. O levantamento revela ainda que 17,40% são empregados assalariados. O índice de desempregados corresponde a 6,55%. Cerca de 80% das pessoas ouvidas alegam ter renda familiar acima de três salários mínimos, sendo 49,10% do levantamento composto por homens e 50,90 por mulheres.
Revolta de aliados ameaça eleição de Sebastião Viana
Também está evidente que o governador Sebastião Viana terá que fazer uma reconstrução de relação com os deputados da base de governo derrotados nas eleições deste ano. No primeiro dia de sessão, após a divulgação do resultado das urnas, era visível a revolta dos parlamentares governistas que não obtiveram êxito na disputa eleitoral. Eles acreditam que a derrota tenha sido fruto de um trabalho intenso da Casa Rosada, para eleger os secretários e membros que saíram vitoriosos do pleito.
Os governistas revoltados analisam que Sebastião Viana esperava liquidar a fatura das eleições no primeiro turno. Por este motivo, o petista teria investido fortemente nas candidaturas dos seus ex-secretários, mas teria preterido financeiramente, os deputados que o apoiaram durante os seus quatro anos de mandato. Todas as reclamações dos derrotados circulam em torno desta afirmativa. Alguns aliados de Viana sonham em se tornar uma terceira via.
A ala revoltada da Frente Popular também está sendo assediada pela coligação Por um Acre Melhor, do tucano Márcio Bittar. Emissários de Bittar estariam agendando reuniões com os deputados derrotados que acreditam que um dos fatores do insucesso nas urnas seria a subserviência ao governo petista. O deputado Luis Tchê (PDT), que disputou uma cadeira de deputado federal não esconde seu descontentamento com os cardeais da Frente Popular. Mas para a maioria dos petistas, ele não é confiável e ficou flertando com a oposição as escondidas enquanto membro da FPA.
