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O “apagão” que poderá se refletir nas urnas

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Um dos temas que praticamente foi esquecido pelos candidatos ao Governo do Acre é o do fornecimento de energia. Além dos nossos consumidores pagarem os talões de luz mais caros do Brasil a qualidade é péssima. Assim, como se pode falar em desenvolvimento econômico se o fornecimento de energia é instável e os preços são exorbitantes?  Não é a toa que Zona de Processamento de Exportação (ZPE), considerado um dos principais projetos do atual Governo da FPA, não saiu do papel. As primeiras fábricas iriam se instalar na ZPE de Senador Guiomard em agosto de 2011. Mais de três anos depois nenhuma delas se aventurou por essas bandas. Só ficou mesmo o muro e o investimento de dinheiro público que não retornou para a economia acreana. Os motivos do fracasso do projeto são óbvios. Qual empresa se arriscaria a montar uma estrutura de produção num Estado que fica a mais de três mil quilômetros dos principais centros consumidores e portos do país? Além disso, a energia é instável e o preço altíssimo. Mas alguém poderia argumentar que o objetivo seria a produção da ZPE ser destinada aos portos do Peru. Tudo bem se a estrada Transoceânica não tivesse limite de tonelagem de cargas para os caminhões. Por isso, a ZPE atualmente é apenas uma área murada que não gerou nenhum emprego aos acreanos.


A reserva dispensada
O fato é que quando veio o questionável “linhão” para o Acre as usinas termoelétricas deveriam ter permanecido para servirem de reserva. No caso de “apagão” seriam acionadas. Mas deixaram os equipamentos irem embora.

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A extensão do problema
Agora, se anuncia que o “linhão” irá para o Juruá. Tudo bem. Mas mantenham a estrutura atual de energia para servir de reserva. Senão é mais uma parte do Acre que terá muito a reclamar nos próximos anos.


Delírios de grandeza
Uma informante me disse que depois das eleição deverá ser instalada uma fábrica italiana de polpa de frutas na ZPE. Vamos aguardar e torcer para que seja verdade. O fato é que a ZPE deverá ser mesmo ocupada, se for, por alguns empresários acreanos “amigos do poder”.


Os sonhos “impossíveis”
O Acre é um dos melhores lugares para se viver na Amazônia porque é uma terra linda, com um povo hospitaleiros e gentil. Mas não porque se tornou uma locomotiva produtiva. E nem porque é uma Suíça do bem estar social. Esse tema deveria ter estado mais presente nos debates entre os candidatos ao Governo.


A distância da solução definitiva
Quando Sibá Machado (PT) estava sem mandato passou um tempo trabalhando para empresas que cuidam da energia elétrica na Amazônia. Naquela ocasião Sibá me disse que a estabilidade energética do Acre só seria possível depois de 2020.


Peregrinando
O senador Jorge Viana (PT) percorreu nos últimos dias 18 municípios do Acre. Está fazendo uma campanha paralela pedindo votos para o irmão Tião Viana (PT). Foi uma maneira encontrada de dobrar a presença da FPA na reta final das eleições.


Mais um na divisão
O vice candidato ao Governo, Henrique Afonso (PV) também adotou uma prática similar. Enquanto Bocalom (DEM) está num canto pedindo votos, o Verde está no Juruá potencializando a ação da coligação que tem pouca estrutura de campanha.


A força do Juruá
Se o candidato ao Governo Márcio Bittar (PSDB) conseguir ir para o segundo turno deverá muito do feito à sua vice Antônia Sales (PMDB). A deputada tem percorrido os rios e ramais da região pedindo votos para o tucano.


Belo papel
A vice Nazaré Araújo (PT) tem se empenhado na campanha. Ela têm chances, caso Tião Viana seja eleito, de ficar pelo menos um ano como governadora. Segundo fontes Tião deixaria o poder para se candidatar ao Senado, em2018 e, deixar o caminho aberto para uma “possível” volta de Jorge Viana ao Governo.


Festa no interior
As três principais coligações que disputam as eleições no Acre farão nesta quinta, 2, comícios no interior. A FPA de Viana encerra a campanha num comício em Brasiléia. Já a Aliança de Bittar, fará comício em Cruzeiro do Sul. Bocalom estará em Sena Madureira reunindo os simpatizantes num grande ato de campanha.


Indução “duvidosa”
Carros de som de campanha anuncia pelas ruas de Cruzeiro do Sul que Tião Viana irá vencer no primeiro turno. As pesquisas do Ibope e do Delta apontam para o segundo turno. A verdade estará impressa nas urnas.


A necessária integração amazônica
Ao contrário das asneiras que tenho ouvido nos programas eleitorais sobre o Amazonas os nossos futuros representantes no Congresso Nacional deveriam valorizar a integração regional. Isso não só com o Amazonas, mas com Rondônia, Amapá, Roraima e Pará. Se deputados e senadores desses estados formassem uma bancada para defenderem os interesses dos moradores da Amazônia muito coisa poderia mudar na região. O Acre tem permanecido de costas para os seus vizinhos. Um orgulho insano que tem gerado muitos problemas. Por exemplo, se tivessem recebido o apoio da bancada federal de Rondônia a ponte sobre o Madeira já teria saído do papel há muito tempo. Na política atual a palavra que se encaixa melhor é a união e não a separação ou a segregação.


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