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Sem terras acampados na sede do Incra afirmam que estão sofrendo ameaças

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Posseiros da invasão Porto Luiz, localizada as margens da BR-364, Km 100, município de Acrelândia, que estão a cerca de 15 dias acampados na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria (Incra) em busca de uma solução para o conflito que acontece no local, afirmaram que estão sofrendo ameaças.


Os posseiros afirmaram que as ameaças começaram desde que denunciaram que a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosana Nascimento estaria induzindo as famílias a descumprirem a determinação judicial de reintegração de posse, mandando as famílias invadirem novamente as terras. Eles relataram ainda que a sindicalista mobilizou outro grupo de sem terras para invadirem a área do Porto Luiz, inclusive alguns dos invasores já se encontram no local a espera da ordem de invasão.

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“Desde que denunciamos que a Rosana da CUT estava mandando que invadíssemos novamente as terras do Porto Luiz e descumpríssemos a ordem judicial estamos sofrendo represálias, depois que a matéria foi publicada no ac24horas ela veio aqui muito furiosa e disse que nos arrependeríamos. O que queremos é que o nosso direito a um pedaço de terra seja garantido e não entra em conflito com a Justiça”, disse Maria das Dores Tavares de Souza, que foi uma das posseiras que recebeu ameaças por telefone e que já registrou uma queixa crime na Delegacia da 1ª Regional.


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“Minha casa está lá no Porto Luiz com todas as minhas coisas dentro, só espero que a dona Rosana da CUT não invente de botar outra pessoa pra ocupar minha casa, se isso acontecer as coisas não ficarão bem”, declarou Francisco do Santos Souza, que também disse que Rosana Nascimento havia garantido que as terras já eram dos posseiros e os fez assinar um papel afirmando que se não construíssem casas seriam expulsos e os lotes seria repassado para outros posseiros.


De acordo com os posseiros, por força de uma decisão judicial eles tem até a próxima terça-feira (7) para desocupar as dependências do Incra, mas afirmaram que só sairão do local presos ou de volta para a invasão do Porto Luiz, onde já tem casas construídas e plantações.


“Não tenho para onde ir, então só saio daqui preso ou de volta para as minhas terras”, afirmou Moisés Vicente da Conceição.


Aluguel Social


Para algumas famílias que estão acampadas na sede do Incra foi oferecido pelo governo Estadual o aluguel social, que garantiria moradia até que o imbróglio tivesse uma solução definitiva, mas os posseiros temem que essa seja uma manobra para tirá-los da sede do órgão e que podem perder o direito a terra.


Acampada na sede do Incra com mais 12 membros da família, entre mãe, esposo, filhos e netos a agricultora Ivone Carneiro foi uma das posseiras a quem foi oferecido o aluguel social, mas questiona a intenção do gestores públicos.


“Somos em treze pessoas, onde encontraríamos um lugar que abrigasse todo mundo e que se encaixasse no aluguel social, além do mais, tenho medo de sair daqui e depois perder o meu pedaço de terra, já que lá na invasão tenho um casa boa construída com muito trabalho e um plantação bem estruturada”, disse.


Os posseiros afirmaram que vão resistir até o ultimo momento e que se algo não for feito para solucionar o impasse eles pretendem radicalizar, inclusive já estão preparando uma série de protestos para os próximos dias.


Reunião na segunda-feira


Por telefone, o presidente da Comissão de Legislação Agrária da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Moisés Diniz (PCdoB), afirmou está acompanhando o caso e que pretende se reunir já na segunda-feira (6), com uma comissão dos posseiros e representantes de órgãos e entidade ligadas as questões agrarias, como Procuradoria Geral do Estado (PGE), Incra, entre outros.


“Tenho conhecimento do que está acontecendo e por isso, como presidente da Comissão de Legislação Agrária da Aleac estou tentando contato com alguns órgãos para nos reunirmos já na segunda para tentarmos uma solução para esse impasse”, declarou Diniz. 


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