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O desenvolvimento do Acre através da Exploração Mineral

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O desempenho da Petrobras vem retrocedendo desde que o PT chegou ao poder, em 2003, numa clara demonstração dos malefícios causados pelo aparelhamento partidário e por uma administração ineficiente que transformou uma empresa competitiva e respeitada mundialmente em mesquinha arma política. O seu lucro caiu 39% em relação ao mesmo período de 2012. A empresa lucrou R$ 3,4 bilhões, enquanto a expectativa média dos analistas era que o valor alcançasse R$ 6 bilhões,


Graças aos desmandos petistas a Petrobras foi presenteada com o rebaixamento da sua nota de crédito pela Moody’s, uma das mais importantes agências de classificação do mundo. O rebaixamento reflete a impressão de que a empresa vai continuar a acumular prejuízo nos próximos anos. O Bank of America Merril Lynch também lançou relatório apontado a Petrobras como a empresa não financeira mais endividada do mundo.

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Esses dados deixam claro que fica cada vez mais distante o sonho da autossuficiência na produção de petróleo, alardeada aos quatro ventos pelo ex-presidente Lula, no afã de eleger sua candidata. Os números falam por si: em 2009 o Brasil havia praticamente se livrado da necessidade de importar gasolina, gastando apenas US$ 71 mil com a compra do combustível no exterior. Em 2012, entretanto, o país gastou US$ 3 bilhões para importar gasolina, gastando, em 3 anos, 42,5 mil vezes mais.


Enquanto isso, Rússia, China e Estados Unidos assumem o protagonismo na exploração de combustíveis. Os Estados Unidos, por exemplo, aumentaram drasticamente a produção de hidrocarbonetos de 111 mil barris por dia em 2004 para 553 mil barris por dia em 2011. Como resultado, tiveram suas importações de hidrocarbonetos reduzidas para o nível mais baixo nos últimos 25 anos. E esse aumento da produção americana aconteceu graças à exploração do óleo de xisto, o que pode revolucionar o mercado global de energia, promovendo uma queda drástica no preço do petróleo.


Chamo a atenção para a mudança na estratégia da exploração de gás nos Estados Unidos, pois o Acre possui reservas inexploradas de gás xisto, que será incluído na próxima rodada de leilões da ANP.


O gás xisto é mais barato que a gasolina, a sua queima é menos poluente que o carvão, e a sua exploração pode significar uma nova era para o Estado do Acre, com mais investimentos em infraestrutura e com mais desenvolvimento e geração de empregos, entretanto, apesar dessa perspectiva positiva para o Acre e para a própria Petrobras, os ambientalistas do Greenpeace se apressam a chamar um seminário, na cidade de São Paulo, sobre os “Impactos Socioambientais da exploração de xisto” demonstrando a má-vontade com a possibilidade de exploração mineral no nosso Estado.


Curiosamente a discussão sobre os interesses do Acre ocorre fora do Acre, e é feita por pessoas que não acompanham nosso sofrimento, que não se interessam sobre as mortes por subnutrição dos nossos conterrâneos, que sequer sabem que o Acre faz fronteiras com dois países campeões na produção de cocaína, o que transforma nosso Estado em um corredor do tráfico, que, ajudado pela falta de empregos e perspectivas, alicia nossos jovens e lança famílias no desespero.


Ora, todos nós temos a clareza de que é fundamental garantir a preservação dos ativos ambientais do País, mas também é fundamental que seja garantida a promoção do desenvolvimento do Acre e da Região Norte. O Greenpeace é o mesmo que, durante a Conferência RIO 92, lançou as bases das Reservas Extrativistas como fórmula para preservar a floresta e resgatar o povo da Região Norte. As reservas foram criadas, a floresta foi preservada, mas as benesses prometidas à população nunca chegou, levando o Acre à estagnação econômica. Fica claro que não podemos manter a miséria e o subdesenvolvimento da região sob a desculpa da preservação ambiental.


Estarei, juntamente com outros parlamentares da Região Norte, acompanhando os desdobramentos dessa discussão, pois não podemos, mais uma vez, servir como laboratório para experiências que colocam em risco a sobrevivência do nosso povo. O subsolo do Acre é rico, as pesquisas demonstram isso e é o momento de usarmos essas riquezas para um salto de desenvolvimento qualitativo no nosso Estado. Esse salto, a partir da exploração organizada das riquezas minerais, será bom para o Acre e para o Brasil.


* Marcio Bittar é Deputado Federal pelo PSDB/AC, Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados e Presidente da Executiva Estadual do PSDB/AC


 


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