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Alunos de comunidade ribeirinha de Mâncio Lima estão sem aula por falta de combustível para embarcação

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Os pais dos alunos das comunidades ribeirinhas do município de Mâncio Lima estão revoltados com o Governo do Acre e com a gestão municipal de Cleidson Rocha (PMDB). Os ribeirinhos alegam que o seus filhos estão há mais de 40 dias sem aula por falta de combustível para as embarcações que realizam o transporte dos alunos.


O caso foi denunciado por um servidor publico da prefeitura de Mâncio Lima, que por medo de represálias pediu para não ser identificado. De acordo com o denunciante, o transporte dos alunos é realizado por meio de uma parceria entre prefeitura e governo do Estado. A prefeitura se responsabiliza pela embarcação e barqueiro enquanto o governo é responsável pelo combustível.

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“A parceria entre governo e prefeitura está parada porque o governo deixou de repassar os recursos para a aquisição do óleo para os motores das embarcações”, denunciou o funcionário.


O pai de aluno, Luiz da Costa, morador da comunidade Boa Vista, também denuncia que seus filhos estão desde setembro sem aula pela falta de combustível para as embarcações.


Com seis filhos sem ter como ir a escola por depender do transporte fluvial, o também agricultor Francisco Oliveira se diz preocupado por seus filhos perderem aula. “São mais de 30 dias sem aula, e o que eles falam é que não têm combustível, os alunos que moram do lado da escola podem ir para a aula, mas os que dependem do barco não conseguem chegar. Estou pensando em procurar outros meios para meus filhos poderem estudar”, protestou.


O Secretário Municipal de Educação, Amilcar Oliveira, desmentiu que os alunos da Escola São Salvador estivessem sem aula por mais de 30 dias. Oliveira disse que a aula ficou suspensa por no máximo 10 dias, por conta de um pequeno atraso no repasse da verba de aquisição de combustível.


Segundo o secretário, existe um convenio no valor de R$ 200 mil para subsidiar o transporte fluvial e terrestre dos alunos.


O Barqueiro, que faz o transporte dos alunos, Almir Conceição, confirmou a versão do secretário. “Eu sou responsável por transportar alunos e posso garantir que o combustível faltou por no máximo 10 dias e na segunda feira as aulas voltam normalmente”, garantiu Conceição.


SEE informa que repassou recursos para quitar débitos em Mâncio Lima


A Secretaria de Estado de Educação e Esportes (SEE) informa que nesta quinta-feira (31), repassou recursos para pagamento de débitos  da pasta no munícipio de Mâncio Lima.


“Em relação a matéria “Alunos de comunidade ribeirinha de Mâncio Lima estão sem aula por falta de combustível para embarcação”, a Secretaria de Estado de Educação e Esporte informa que o repasse para a prefeitura foi efetuado nesta quinta-feira, 31. Portanto, até semana que vem tudo já deve estar funcionando corretamente”.


Embarcações superlotadas põem em risco a vida dos alunos


Mancio_in1Com a denúncia feita a reportagem de ac24horas.com, foram enviadas algumas imagens em que mostram uma das embarcações que fazem o transporte dos alunos das comunidades ribeirinhas, com a lotação acima da permitida e nenhum dos alunos usa coletes salva vidas.


A superlotação das embarcações é outra preocupação dos pais dos alunos, que temem por um acidente, como é o caso de Luiz da Costa.


“Quando os alunos dos dois turnos são levados para a escola há um superlotação do barco e os alunos vão sem colete. São 36 crianças e eu como pai me preocupo e fico com medo de acontecer algum acidente”.


O barqueiro Almir Conceição se defende e diz que a superlotação acontece em casos raros e quanto ao uso dos coletes, os alunos se recusam em usar o equipamento de segurança. “Eu transporto em média 27 alunos divididos no turno da manhã e da tarde. Algumas vezes eu levo mais do que o previsto mais isso é muito raro”, garante Conceição.

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Amilcar Oliveira também falou sobre a superlotação das embarcações. Segundo ele, a lotação dos barcos ocorrem porque um ou outro barqueiro não vai trabalhar e pede para o colega levar os alunos de sua responsabilidade. Quanto aos coletes o secretário disse que há uma fiscalização mais que não é rigorosa e muitos alunos tem rejeição em usar o equipamento de segurança.


 


 


 


 


 


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