A diretora geral da ANP, Magda Chambriand, disse durante palestra na tarde desta sexta-feira, 18, na Biblioteca Pública, que o Acre não pode ficar de fora da discussão sobre a exploração de gás e petróleo.
A diretora da ANP confirmou que o Acre possui potencial para uma eventual exploração, a exemplo do que ocorre na região da Amazônia peruana.
“A potencialidade existe e há alguns anos nós vínhamos estudando essa área. Nós gastamos alguns milhões para fazer estudos aqui no Acre. Fizemos o levantamento geoquímico do solo e todos esses estudos e todos esses indícios estão comprovando a potencialidade da área e potencialidade de colocarmos essa área nessa próxima licitação. Na fronteira do Acre com o Peru vocês vão ver várias áreas em exploração. E todas essas áreas têm grande singularidade com o Acre. Nós não podemos deixar o Acre de lado e por isso estamos descentralizando pra incluir estados do norte e nordeste”, afirmou.
A 12ª rodada de licitações, marcada para acontecer nos dias 28 e 29 de novembro, vai ofertar 240 blocos exploratórios terrestres para gás natural e sete bacias sedimentares em 11 estados brasileiros, entre eles o Acre.
“O leilão para a eventual prospecção e exploração na região do Juruá será no próximo mês e a presidente veio trazer essas informações técnicas da ANP. Isso mostra o compromisso de olhar para a Amazônia, já que há anos se fazem esses estudos”, disse o governador Sebastião Viana.
Na palestra, para uma plateia de empresários, secretários de Estado e parlamentares, Magda Chambriand disse que ao todo no Acre são nove blocos numa área de 19.719,37m², na Bacia Acre-Madre de Dios, nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves.
Segundo ela, todos os estudos geofísicos feitos em solo acreano nos últimos 12 anos custaram R$ 140 milhões.
Magda Chambriand informou ainda, ao mostrar o mapa do estado, que a ANP terá todo o cuidado com o meio ambiente numa eventual exploração no Acre. “Vamos mexer apenas aonde pode. Não tem ninguém aqui buscando destruir nada”, acrescentou a diretora da ANP.