Além de reivindicar melhores salários, os defensores reivindicam também o cumprimento da Emenda à Constituição Estadual que concede autonomia à Defensoria Pública do Acre e promoção à carreira do defensor
Gleydison Meireles – da redação de ac24horas
Defensores públicos do Acre realizaram na manhã desta segunda-feira (10), um movimento pela Valorização da Defensoria Pública, além de reivindicar melhores salários, os defensores reivindicam também o cumprimento da Emenda à Constituição Estadual que concede autonomia à Defensoria Pública do Acre e promoção à carreira do defensor.
O ato teve inicio às 8 horas desta segunda-feira e contou com a presença diversos defensores, funcionários que atendem no órgão. Populares que buscavam atendimento se depararam com a redução na prestação de serviços, o quem gerou revolta em alguns.
Rúbia da Silva Santos era uma das pessoas que desaprovou o movimento dos defensores. A dona de casa, que chegou às 5 horas na sede da Defensoria Pública, saiu sem conseguir atendimento.
“É um abuso o cidadão ser tratado desta forma, cheguei as 5 da manhã na esperança de ser atendida e saio sem conseguir sequer conversar com um defensor, se o serviço já era crítico, com essa paralisação vai ficar bem pior”, disse Rúbia Santos.
Celso Rodrigues, presidente da Associação de Defensores Públicos do Acre, diz que o ato iniciado nesta segunda-feira fez parte do protesto pela busca da valorização da Defensoria Pública do Acre e que vai durar toda a semana.
Rodrigues afirmou que é natural que a população reaja com certo descontentamento, mas que o movimento visa buscar melhorias nos serviços prestados pelo órgão.
Celso explica a populares os motivos do ato dos defensores
“Entendemos a revolta de algumas pessoas que se depararam com esse movimento, mas gostaríamos de salientar que esse ato visa buscar melhorias na qualidade do serviço prestado pela defensoria, pois não achamos justo que uma pessoa tenha que chegar na madrugada para garantir seu atendimento em um órgão que é essencial para a população”, argumentou o defensor.
Celso Rodrigues disse ainda que a decisão de reduzir o atendimento se deu como uma forma de protesto já que o sindicato, por inúmeras vezes, tentou negociar com o governo que vem tratando a Defensoria Pública com descaso, sendo fato público e notório que a instituição apresenta enormes deficiências, tendo como maior prejudicada a população carente
“Todos os defensores públicos ficarão nos órgãos de execução em que se encontram lotados, sendo certo que atenderão somente os serviços tidos como essenciais e inadiáveis. Sabemos que os usuários são os maiores prejudicados, mas não nos restou outra alternativa senão a deflagração do movimento”, ressalta.
