Um estudo da Associação Nacional de Guardas Municipais (AGM), divulgado na quarta-feira, 28, abordou a quantidade ideal de efetivo da Guarda Civil Municipal nas capitais brasileiras. Rio Branco, capital do Acre, é uma das quatro capitais do país que ainda não possuem guarda municipal em funcionamento. Segundo o levantamento, Brasília, Cuiabá e Porto Velho também estão fora da lista das 23 capitais onde a instituição está presente.
A ausência da corporação em Rio Branco gera polêmica desde 2020, diante da crescente demanda por segurança urbana e da importância dos guardas municipais em ambientes públicos. A gestão do prefeito reeleito, Tião Bocalom, já descartou mais de uma vez a criação da Guarda Civil Municipal (GCM), apostando no sistema de videomonitoramento como principal estratégia de vigilância na cidade.
De acordo com a AGM, o número ideal de efetivo deve ser de 1 agente para cada 250 habitantes, proporção considerada adequada para atender às necessidades básicas de patrulhamento e ações preventivas.
Com uma população estimada em 364.756 habitantes (IBGE/2022), Rio Branco precisaria contar com aproximadamente 1.459 guardas municipais para atingir o parâmetro ideal proposto pela entidade.
Atualmente, os melhores índices de presença da guarda entre as capitais estão em Campo Grande, com 1 agente para cada 761 habitantes, e Vitória, com 1 para cada 818. Já as piores proporções são registradas em Manaus (1 para 3.971) e Porto Alegre (1 para 3.714).
Em números absolutos, São Paulo lidera com 7.360 guardas municipais, seguida pelo Rio de Janeiro (7.276) e Fortaleza (2.814). Na outra ponta, Florianópolis aparece com apenas 180 agentes.
O levantamento também mapeou a participação feminina nas guardas municipais. Fortaleza (33,01%), Teresina (31,54%) e Boa Vista (30,36%) registram os maiores percentuais de mulheres. Já Curitiba, Campo Grande e Belo Horizonte apresentam os índices mais baixos, todos abaixo dos 10%.