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Sob protestos e ameaça de judicialização, base aprova criação de cargo para Rueda

FOTO: SÉRGIO VALE
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Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira, 8, a base do governo na casa “tratorou” e aprovou por 11 votos favoráveis e 4 contrários o projeto de lei que altera a estrutura do Estado e recria a Representação do governo do Acre e o cargo de chefe da representação com status de secretaria, que deve ser direcionado para a nomeação do médico Fábio Rueda, em um acordo exposto pelo próprio governador Gladson Cameli para obter o apoio do União Brasil na indicação do secretário de governo, Alysson Bestene, para ser candidato a vice do prefeito Tião Bocalom na disputa para a reeleição neste ano.


Os deputados da oposição Edvaldo Magalhães (PCdoB), Emerson Jarude (Novo), Michele Melo (PDT) e Tanizio Sá (MDB) foram os únicos que votaram contrário. Tanizio que é da base, votou contra devido ser apoiador de Marcus Alexandre, adversário de Bocalomm, mas não se manifestou a respeito do assunto, deixando manifestações na tribuna apenas para demais parlamentares.

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“Devemos refletir sobre a conveniência, o momento que essa Assembleia convocou através de vários deputados presentes, varias audiências públicas e nesses encontros se firmava de corpo presente um compromisso de abraçar as diversas causas e o governo presente sempre, afirmando e não deixando uma única brecha de que a lei de responsabilidade fiscal estava a impedir qualquer negociação para não vender ilusões para as categorias. No escurinho do cinema se faz um acordo politico para fazer uma acomodação num cargo que foi extinto por um motivo conhecido. O secretário da Repac foi impedido de continuar sendo secretário pela operação Ptolomeu. Depois pegaram o cargo e transformaram em estrutura para os povos indígenas. Fere a LRF sim”, argumentou Edvaldo.


Já Jarude relembrou que “a mamata do Acre, além de ser grande, está escancarada”. Ele ressaltou que o PL teve início lá atrás por conta de pura e simplesmente apara as eleições em Rio Branco para este ano. “Aqui vale a voltar no tempo esse histórico para as pessoas possam relembrar que isso é um acordo. Temos sempre a desculpa do governo para todos: LRF. O assunto desparece quando é para resolver questões politicas. Eu voto contrário”, frisou o parlamentar. Antes da votação, o parlamentar defendeu que caso a proposta fosse aprovada, a judicialização seria o caminho por meio de uma Ação de Inconstitucionalidade junto ao Tribunal de Justiça do Acre.


A deputada Michele afirmou a velha política dominando todos os assuntos. “Quero relembrar dos temporários e provisórios do ISE que tiveram a promessa do governador que seria recontratado e ninguém veio mandar um PL para resolver a situação deles. Ninguém fez isso pelo trabalhador. Ninguém cria cargo para o trabalhador. Aos trabalhadores cabe os rigores da lei, novamente aos meus amigos, as benesses”, destacou.


No plenário, o único parlamentar da base a apoiar a proposta foi o deputado Afonso Fernandes (PL), que afirmou que não entraria no mérito de quem seria nomeado, mas que o cargo ajuda o Acre, que depende de recursos do governo federal.


Após a oficialização da aprovação, Magalhães reforçou a ilegalidade. “Acabamos de transformar um cargo técnico num cargo de acomodação politica”, disse.


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