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Renovação de acordo entre a ApexBrasil e OCB pode alavancar exportações de cooperativas brasileiras

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Mais uma boa notícia foi anunciada durante a Semana de Competitividade 2023. O Sistema OCB e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (ApexBrasil) assinaram nesta quarta-feira (9), a renovação do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para execução de uma segunda edição. O acordo que já previa o intercâmbio de informações, a promoção comercial e a qualificação de cooperativas para exportação, passa a incluir também a perspectiva de igualdade de gênero. A assinatura foi feita pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e pelo presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, além de outros dirigentes das duas entidades para dar continuidade ao trabalho desenvolvido desde 2020 e que já apresenta resultados significativos para o coop brasileiro.


O acordo prevê o desenvolvimento de ações da ApexBrasil como a elaboração de análises de oportunidades internacionais e a integração dos empreendimentos cooperativos para a promoção comercial. Em 2022, 207 cooperativas foram apoiadas pela agência e 73 delas exportaram. A parceria também garante a reserva de vagas para cooperativas iniciantes nas exportações em ações de promoção de negócios internacionais da Agência. No total, 11% das vagas em feiras internacionais do agronegócio promovidas pela ApexBrasil destinaram-se a cooperativas em 2022.

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“Por meio do ACT conseguimos mais informações sobre o posicionamento e o desempenho das cooperativas no mercado externo. Hoje, quase 7% dos embarques apoiados pela Apex são provenientes do movimento. Com relação à promoção, a presença nas feiras internacionais tem representado oportunidades significativas e a renovação do acordo vai, com certeza, ampliar a participação de nossas cooperativas alcançando cada vez mais países com uma diversidade maior de produtos e serviços”, destacou a gerente-geral do Sistema OCB ao detalhar os objetivos do programa.


O presidente Márcio reafirmou a importância estratégica da internacionalização, busca de mercados e ampliação dos relacionamentos do cooperativismo brasileiro. “Foi por essa causa que assumi a missão e estou no Fórum Global da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para de lá criar elos e abrir portas para o cooperativismo brasileiro no mundo. E esse apoio da ApexBrasil é fundamental para o aumento das oportunidades para os nossos cooperados, o que representa também desenvolvimento de suas comunidades locais e a melhoria da qualidade de vida de todos”, afirmou.



Jorge Viana declarou que a renovação do Peiex é o acordo mais importantes que ele assinou como presidente da ApexBrasil. “Digo isso por conta da história do cooperativismo, pelo que o movimento faz e vai seguir fazendo pelo Brasil. Essa parceria visa ampliar ainda mais as oportunidades para os cooperados em mercados estrangeiros, destacando principalmente os pequenos produtores e as mulheres. Queremos também fortalecer a agenda ESG e o cooperativismo já lidera de forma natural os quesitos social e de governança. E, com certeza, tem plenas condições de liderar também o quesito da sustentabilidade”.


Para o biênio de 2023 a 2025, a nova edição do acordo manterá a política de ampliar o acesso de cooperativas às ações de promoção internacional e expandirá o atendimento da Agência ao cooperativismo. Além disso, em linha com as prioridades da ApexBrasil, o acordo inclui diretriz para desenvolver e fortalecer iniciativas que incorporem a perspectiva de igualdade de gênero, assim como aquelas que tenham como foco produtos relacionados à biodiversidade amazônica e do Cerrado. Com orçamento das duas instituições, a execução do pilar de qualificação ficou por conta do PEIEX Coop, iniciativa que já está capacitando 21 cooperativas para a exportação e que deve atender 50 cooperativas até 2024.


Em 2022, as cooperativas exportaram diretamente US$ 7,4 bilhões, o que representa 2,2% do total brasileiro. O cooperativismo também foi responsável por 63% das exportações de sucos de uva (US$ 1,8 milhão) e 20% da venda de café verde não descafeinado (US$ 1,7 bilhão), em 2022. Em termos de porte, 10 cooperativas venderam para o exterior US$ 100 milhões em 2022, e outras 27 exportaram até U$ 1 milhão. Sob a perspectiva setorial, os produtos mais vendidos são carnes de aves (30,7%), café verde (22,5%) e carne suína (11,4%). Cooperativas de outros ramos também receberam apoio da agência e exportaram um volume de US$ 26,2 milhões.


Os destinos principais são a China (US$ 1,6 bilhão), a Alemanha (US$ 576,9 milhões) e os Estados Unidos (US$ 563,8 milhões). Sob o viés de participação, 14,8% das vendas das coops brasileiras são para as Filipinas (US$ 226 milhões). Em Hong Kong também é expressiva com 9,9% de um total de US$ 132,4 milhões, bem como a Alemanha com 9,2% de participação do coop.


Comitiva do Acre presente

A delegação do Acre esteve representada na Semana da Competitividade por 14 dirigentes de cooperativas e colaboradores do Sistema OCB. Participaram dessa edição cooperativas que preencheram critérios exigidos pela unidade nacional relacionados à produção e mercado, entre elas: a Cooperfarinha, Cooperxapuri, Cooperbonal, Coopel, Cooperacre, Cooperbife, Coopercafe e Coopaeb, tendo a oportunidade de conhecer e trocar experiências com cooperativas de todos o país.


Durante o evento, o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, relatou a satisfação de ter tantos representantes do Acre no evento e reafirmou seu compromisso com o cooperativismo.



“Essa parceria vai gerar mais oportunidades de emprego, vou lutar para mudar a legislação e trazer as cooperativas de serviços para poderem estar trabalhando porque quem tem que oferecer serviço são cooperativas para ajudar o nosso estado a se desenvolver e gerar mais emprego, essa é a hora de somarmos forças e ajudar a prosperar o nosso estado independente de governo”, declarou Viana.


Jorge disse ainda que com o governo do presidente Lula, o apoio às cooperativas vai ser enorme, porque ele sempre teve compromisso com o cooperativismo. “Vamos ter olhar diferenciado para o norte e para o nordeste, porque são as regiões que menos exportam e precisam de mais apoio para serem inseridas na política de comércio exterior do Brasil. Então, estou contente, em breve vocês vão ver o sucesso das cooperativas do Acre se multiplicando”, finalizou.


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