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Indústria de preservativos de Xapuri depende de autorização da Anvisa para retomar produção

Xapuri (Acre) A Natex é resultado do projeto do governo do Acre de associar o uso sustentável da floresta amazônica às tecnologias de ponta para produção de preservativos masculinos, e está em funcionamento desde 2008, na cidade de Xapuri. É um departamento da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), criada com recursos de um convênio entre governo do Estado e Ministério da Saúde e capacidade para produzir cerca de 100 milhões de camisinhas por ano. Toda a produção é absorvida pelo Ministério da Saúde, que destina o material aos programas de combate às DSTs. Atualmente, cerca de 700 famílias da Reserva Chico Mendes estão cadastradas para vender látex e pelo menos 500 permanecem em atividade”, conta o presidente da Funtac, Luiz Mesquita. Hoje existem cerca de 2.500 famílias na reserva. As famílias que colhem o látex podem levar a um dos 16 pontos de coleta cadastrados pela fábrica para vender o produto. Quatorze desses pontos estão dentro da própria reserva, facilitando a vida dos produtores
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Ainda não existe um posicionamento preciso nem do Governo do Acre e nem da Indústria de Produtos de Látex da Amazônia, que atualmente explora a antiga fábrica de preservativos masculinos Natex, localizada em Xapuri, sobre a retomada da linha de produção do empreendimento que já foi responsável pela produção de 100 milhões de unidades ao ano destinadas aos programas de prevenção das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C.


De acordo com informações obtidas junto à presidência da Agência de Negócios do Acre (Anac), a quem a planta industrial está vinculada, e à direção da empresa que hoje está à frente da indústria é de que existe uma previsão de retorno do funcionamento para o segundo semestre deste ano. Pelo que foi informado, o maior gargalo diz respeito a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda não foi emitida.

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“Existe o compromisso de retomada das atividades para o próximo semestre, atualmente estão sendo diligenciadas as atualizações das autorizações de atividades junto a Anvisa, pois se trata de operação industrial de caráter farmacêutico. Enquanto proprietária da planta industrial, a Anac tem atuado continuamente junto à empresa para retomada das atividades, que dependem exclusivamente de tais autorizações”, disse a presidente da Agência, Waleska Bezerra.


Emerson Feitosa, diretor da Indústria de Produtos de Látex da Amazônia, afirmou que as tratativas com o governo têm caminhado rumo a uma resolução. Ele citou a vinda de investidores do grupo fluminense Siqueira Dibo ao estado em março passado, que negocia com o governo no sentido de firmar uma parceria com objetivo de fazer investimento para alavancar o empreendimento acreano que está parado desde o agravamento da pandemia da Covid-19.


“Estamos junto com o governo fazendo as tratativas para a retomada dos serviços, mas o que emperra mesmo a gente é a liberação da indústria pela Anvisa para que a produção seja retomada, uma vez que ainda não conseguimos essa autorização. O governo está empenhado em ajudar, junto com a FIEAC, e há um grupo de empresários de fora que o governo trouxe para participar das negociações, então as coisas têm caminhado bastante para uma resolutiva”, disse Feitosa.


Durante todo o período em que esteve em funcionamento, desde a sua criação em 2006, a fábrica de preservativos de Xapuri foi a segunda maior empregadora do município, ficando atrás apenas da folha de pagamento da prefeitura. O empreendimento chegou a empregar 170 funcionários de maneira direta e gerar mais de 500 empregos indiretos, segundo dados da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), que já foi a gestora da indústria.


A produção da antiga Natex sempre foi absorvida pelo Ministério da Saúde, que a destinava aos programas de combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Com cerca de 700 famílias seringueiras cadastradas para o fornecimento de látex, a fábrica foi criada com investimentos conjuntos dos governos federal e estadual, em 4 de setembro de 2006, e sua implantação custou R$ 31 milhões aos cofres públicos.


Ao assumir o controle da fábrica, em 2019, por meio de parceria público-privada, a Indústria de Produtos de Látex da Amazônia estabeleceu uma meta de trabalhar com duas frentes: seguir com o fornecimento de preservativos ao Ministério da Saúde e lançar a comercialização da sua linha privada comercial denominada ACTEX, cujo processo de registro na Anvisa foi iniciado antes da chegada da pandemia.


De olho nos empregos que a fábrica pode voltar a gerar, a população de Xapuri mantém viva a esperança de que o empreendimento público-privado encontre o seu caminho após a falência da gestão governamental que veio em 2018, depois de viver uma década de sonho a partir de quando aportou na cidade com um investimento de US$ 10,6 milhões, financiado pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.


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