A ginecologista Camila Amorim, em entrevista a uma emissora afiliada da Rede Globo na manhã desta segunda-feira, 22, falou sobre os riscos da Covid-19 durante a gravidez. Devido ao vírus, o número de partos induzidos tem aumentado substancialmente no Acre e em todo o país.
A médica explicou que devido a gravidez, o sistema imunológico das grávidas apresentam queda devido ao desenvolvimento da criança. “As grávidas apresentam modificações para receber aquele feto no seu corpo. Então, o feto por ser um corpo estranho, o sistema imunológico da mãe cai bastante. Durante a gravidez, ele fica mais rebaixado, associado também com o crescimento do útero, ele toma o espaço do pulmão, então reduz essa capacidade respiratória da mãe. Muitas vezes a gente tem que retirar o bebê para que melhore essa capacidade respiratória da mãe para que o pulmão possa se expandir melhor. Em outros casos, pela própria infecção [Covid-19] ou por complicações de excesso de coagulação, a grávida pode desenvolver complicações de placenta e pressão alta, o que leva muita das vezes ao parto prematuro”, explicou.
“Esses sintomas da Covid-19, por exemplo, a falta de ar, ela já é muito comum nas gestantes. Então, muitas acabam não percebendo essa falta de ar porque acreditam que é uma evolução da gravidez. Então, elas têm que estar muito atenta em relação à febre, falta de ar e fazer acompanhamento contínuo no médico”, salientou.
Em relação a vacinação da Covid-19 nas mulheres grávidas, a ginecologista afirmou que “A Federação Nacional de Ginecologista recomenda a vacinação nas mulheres grávidas, apesar da falta de Estudo. Nós recomendamos principalmente para aquelas que têm um risco maior, que trabalham na saúde, ou que tenham comorbidades”, afirmou.