Em resposta a declaração de Eduardo Farias, autor da Audiência Pública que debateu o baixo índice de vacinação, a mãe Edilene dos Santos, de uma das crianças que tiveram problemas com a vacina do HPV fez uso na Tribuna da Câmara de Rio Branco para declarar que não integrava nenhum movimento anti-vacina.
“Nos não somos, em nenhum momento, fake news. Somos realidade de vida, a gente não poderia deixar de estar aqui nesse debate. Quero deixar bem claro, que eu também tenho uma filha de seis anos, que tem que ser vacinada, as carteiras estão todas completas, nunca deixei de vacinar, mas estamos aqui pedindo socorro à sociedade”, externou angustiada.
“O nosso pedido é simples! Nos ajude, nos socorra, estamos aqui em um número menor, algumas estão na UPA. Todo o dia e noite nos passamos por isso. Minha filha tem quatro dias que não se coloca de pé, se unam a nos. É importante vacinar, a gente sabe disso. Hoje o meu coração fica partido quando olho pra filha de 15 anos que está nesse estado”.
Edilene dos Santos relata que os filhos sofrem preconceitos, e que já escutaram até insinuações que eles eram drogados e loucos. Ela encerrou sua fala dizendo que única coisa que as mães querem é o diagnóstico e o tratamento para cuidar dos filhos.
O advogado das mães, Leonardo Matos, disse que irá reunir novamente, nesta sexta-feira (01), para tratar sobre os casos e dá prosseguimento, a fim de interpor uma judicialização com intuito de responsabilizar o poder público de modo mais ativo.
O evento ocorreu na manhã desta quinta-feira (31) na Câmara Municipal de Rio Branco (CMRB), a Audiência Pública debateu sobre maneiras de envolver entidades e a sociedade de modo geral no processo de vacinação contra o sarampo e a poliomielite.
