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Candidatos veteranos usam tom mais humilde para avaliar números; novatos falam em surpresa e renovação

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A divulgação da pesquisa Delta/TV Gazeta para o Senado na qual mostra uma disputa acirrada pelas duas cadeiras disponíveis deu um tom de mais humildade aos candidatos de longa estrada, e mostrou entusiasmo por parte daqueles que concorrem ao cargo pela primeira vez.


Para estes, os números mostram o desejo de renovação da população nas figuras que já há algum tempo dominam o poder. Mesmo sendo candidatos por partidos nanicos e de pouca estrutura, eles dizem acreditar que o anseio de mudança pode ocasionar “surpresa” ao abrir das urnas, no dia 7 de outubro.

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Líder nas pesquisas espontânea e simulada, o senador Jorge Viana (PT) disse ter ficado feliz e agradecido com os resultados. Pesa contra ele, no entanto, o maior índice de rejeição: 28%.


“A rejeição a um candidato vem também do grau de lembrança do nome e o meu nome sempre esteve ligado a caminhada da Frente Popular. É natural que os votos dos partidos conservadores apareçam nessa rejeição, mas fico feliz porque o meu índice de rejeição é menor do que as intenções de voto nos candidatos de oposição. Pode ser que eu seja a segunda opção deles”, avalia o petista.


Também já ocupando uma cadeira no Senado, Sérgio Petecão (PSD) disse ter ficado satisfeito com a aceitação de seu nome, mas que isso não o deixa numa zona de conforto. “A minha pesquisa eu faço no dia a dia. Eu tenho muito medo de pesquisa. Isso às vezes deixa sua militância empolgada, e eu prefiro que a gente vá trabalhando”, diz o parlamentar.


Petecão afirma que teve como prioridade nestes oito anos de mandato atender as demandas do interior do Estado, o que se reflete agora em sua boa aceitação nestes redutos. Ele cita como exemplo a isolada Jordão, governada pelo PCdoB, em que Petecão tem mais de 50% das intenções.


Para ele, no entanto, o momento ainda é cedo para definir cenários. O pesedista tem em sua cola o aliado Márcio Bittar (MDB), que, juntos, disputarão o Senado na chapa de Gladson Cameli (PP) ao governo.


Petecão reconhece que Bittar é bastante competitivo por sua memória eleitoral como ex-candidato a governador e a prefeito de Rio Branco. O senador diz que ambos vão trabalhar em harmonia para que a oposição leve as duas cadeiras.


“A oposição pode fazer os dois, estamos empatados e bem perto do primeiro. Recebo meus números com humildade e gratidão a todos que permaneceram comigo nos piores momentos, e com ânimo de continuar em frente”, ressalta Márcio Bittar.


O emedebista pondera que a desvantagem de Jorge Viana nessa disputa seja resultado da sociedade atribuir ao petista o que Bittar classifica como o fracasso dos 20 anos de governos do PT no Acre, em especial da chamada “florestania”.


Correndo por fora, mas nem tão distante, está Ney Amorim (PT), presidente da Assembleia Legislativa. Para ele, o resultado de 22% que obteve na pesquisa Delta mostra o desejo de renovação do eleitorado.


“Acredito que o Brasil vive um momento que o povo anseia por renovação no Congresso Nacional. Quando entrei na política manifestei minha vontade de servir, trabalhar e contribuir com a mudança de realidade das camadas mais humildes de nossa população”, afirma o deputado.


“Avalio que os números são positivos e representam um incentivo a mais para gastar sola de sapato e continuar levando nossa mensagem para cada cidadão no nosso Estado”, pondera o petista.


Os efeitos surpresa

Entrando pela primeira vez numa disputa majoritária está o ex-reitor da Universidade Federal do Acre Minoru Kimpara (Rede). O candidato de Marina Silva ficou com 12% das intenções de voto. Para ele, esse dado de dois dígitos a quatro meses da eleição é animador, refletindo a vontade dos acreanos de promover mudanças em 2018.


Kimpara ainda atribui o desempenho como reconhecimento de sua gestão à frente da universidade. Ele também comemora a rejeição baixa que seu nome teve ante os entrevistados: 8%. Para o professor, isso contribui para que sua candidatura cresça à medida que a campanha estiver nas ruas.

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A baixa rejeição também é celebrada por Sanderson Moura (PRTB). O advogado criminalista não tem a aprovação de apenas 7% dos consultados pela Delta. Para ele, sua intenção de voto é maior do que a registrada pelo instituto, que lhe deu 6%; Moura diz acreditar deter 10% da preferência.


“A nossa candidatura naturalmente crescerá. O povo, no momento mais próximo das eleições, vai afastar essa turma antiga que está na política há muito tempo. A eleição para o Senado no Acre, historicamente, revela surpresas. Eu acho que nós teremos surpresas nessas duas vagas”, avalia Sanderson Moura.


A reportagem não conseguiu contato com o pré-candidato Pedraza (PSL). Ele recebeu 2% de intenções de voto.


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