O sofrimento de Jesus e sua morte por crucificação foi o tema da encenação da Paixão de Cristo, nas escadarias do Palácio Rio Branco, na noite desta Sexta-feira Santa, 30.
O fato está narrado nos quatro evangelhos da Bíblia Sagrada: Mateus, Marcos, Lucas e João. Cada um conta a história sob sua própria ótica, com menos ou mais detalhes.
A encenação tomou como base as narrativas do livro de João, o conhecido apóstolo do amor.
O evangelista conta que Jesus é levado preso a Pilatos e depois a Herodes pelos líderes do Templo de Jerusalém, os chamados anciãos e doutores da lei, sob acusação de se auto-proclamar o Filho de Deus.
Pilatos, o governador, é orientado por sua esposa a não condenar Cristo, o que ele faz e ainda lava as mãos como sinal de que não teria culpa caso Jesus fosse condenado.
O jogo político do governador da Judeia, entretanto, não funciona, os fariseus incitam o povo a pedir a morte de Cristo e a soltura de Barrabás, um homem que havia sido preso acusado pelo crime de rebelião.
Cristo, então, é condenado a morte de cruz, uma das condenações e mortes mais duras da época.
Na encenação, acompanhada por uma multidão de cerca de cinco mil pessoas em frente ao Palácio Rio Branco, o ator que interpreta Cristo caminha carregando uma cruz e sendo açoitado por soldados romanos. Atenta, a multidão comovida acompanha cada ato até o momento da crucificação.
Ao lado de Cristo são colocados dois ladrões. Enquanto Jesus agoniza na cruz, os soldados zombam dele e repartem suas vestes, como diz as Escrituras.
A encenação da Paixão de Cristo é o ponto alto da Sexta-Feira Santa. A peça envolveu aproximadamente 20 atores. Houve ainda um musical alusivo à crucificação e morte.
Segundo a Bíblia, Jesus morreu numa sexta-feira às 15h e ressuscitou na manhã do domingo seguinte, data celebrada e chamada de Alvorecer da Ressurreição.