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Pablo Kuczynski renuncia à presidência do Peru

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Pedro Pablo Kuczynski (PPK) apresentou nesta quarta-feira (21) sua renúncia à presidência do Peru, informam os jornais “La Republica” e “Gestión”. Segundo uma fonte governamental da agência de notícias Reuters, PPK apresentou sua renúncia ao Congresso e está planejando anunciar a sua decisão em um pronunciamento à nação nesta quarta.


A decisão pela renúncia ocorre um dia antes de o Congresso discutir uma moção de destituição, em meio a uma crise presidencial marcada por vídeos divulgados pelo Partido “Fuerza Popular” que mostram uma suposta compra de votos em troca de obras.

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PPK tomou posse em janeiro de 2016, após derrotar Keiko Fujimori nas urnas.


O jornal “La Republica” informa que a decisão foi tomada em uma reunião do Conselho de Ministros realizada nesta terça.


Vídeos


Kuczynski teria um segundo pedido de impeachment contra sua administração julgado pelo Legislativo nesta quinta-feira. O pedido foi motivado por vídeos que o implicavam na compra de votos a seu favor na primeira votação.


Em um dos vídeos, o congressista Kenji Fujimori, irmão de Keiko e aliado do governo depois que Kuczynski outorgou indulto ao seu pai, o ex-presidente Alberto Fujimori, comenta ao legislador Moisés Mamani, do partido opositor


“Fuerza Popular” que quem votar à favor da vacância do presidente terá as portas fechadas.
Em outra gravação, o funcionário do governo Freddy Aragón explica a Mamani que ele poderia ganhar muito dinheiro em projetos de infraestrutura se ficar ao lado do oficialismo.


Moções de destituição


Em dezembro, o Congresso analisou uma primeira moção de destituição por denúncias de que a empreiteira brasileira Odebrecht havia pago propinas à sua empresa de consultoria e rejeitado seu afastamento .


A oposição precisava de 87 votos a favor do impeachment para que Kuczynski deixasse o cargo, mas conseguiu apenas 78. Outros 19 congressistas votaram a favor de sua permanência, e 21 se abstiveram. Alguns congressistas de esquerda, críticos do governo e que haviam aprovado o debate de impeachment, se abstiveram da votação. Além disso, membros-chave do fujimorismo não apoiaram a saída de PPK.


Odebrecht no Peru


O caso Odebrecht, o maior escândalo de corrupção da América Latina, afeta quase todo o primeiro escalão da política do Peru pelas milionárias propinas pagas pela construtora entre 2005 e 2014 para obter grandes contratos em obras públicas, além de financiar as campanhas eleitorais dos principais candidatos.


Funcionários da Odebrecht admitiram na Justiça que a empresa também contribuiu em 2006 e 2011 para a campanha de vários políticos peruanos, incluindo Kuczynzki, um empresário de direita de 79 anos, bem como à chefe do Força Popular, Keiko Fujimori, filha do ex-presidente.


A empreiteira chegou a admitir que transferiu US$ 4,8 milhões à Westfield Capital, uma empresa cujo único funcionário era o próprio Kuczynski. Mas negou que tenha havido irregularidades. Alegou que todos os serviços foram negociados com um sócio de Kuczynski e contabilizados oficialmente.

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