A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluiu o senador Jorge Viana (PT) entre as 59 testemunhas que devem ser ouvidas pelo juiz Sérgio Moro no processo da denúncia de que o ex-presidente teria recebido vantagens indevidas da Odebrecht e OAS, com a reforma de um sítio em Atibaia. A ação penal tramita na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.
Lula também incluiu figuras como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff, os deputados federais Jandira Feghali e Wadih Damous; e os também senadores petistas Humberto Costa e Lindbergh Farias.
A defesa ainda pediu que a ação seja enviada para outra Vara Criminal, por entender que o processo não tem relação com a 13ª Vara Criminal de Curitiba, do juiz Sergio Moro. Os advogados pediram também a suspeição do juiz Sergio Moro, sob o argumento de que “diante de inúmeros e graves fatos” Moro perdeu a imparcialidade para julgar o ex-Presidente Lula.
Durante uma plenária do PT do Acre, o senador Jorge Viana disse, ao defender Lula, que conhece o sítio de Atibaia, que é “um lugar que tem uma piscina pequeninha, um lugar para criar peixes e galinha” e que foi emprestado pelo proprietário para a família Lula da Silva passar os finais de semana.
Nessa ação penal, Lula é acusado da prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro porque, segundo a denúncia, teria recebido, vantagens indevidas das empresas Odebrecht e OAS, que teriam feito reformas em um sítio em Atibaia (SP), que teriam sido pagas com recursos provenientes de sete contratos firmados com a Petrobras — sendo quatro contratos da Odebrecht e três contratos da OAS. As reformas também envolveriam, segundo a denúncia, recursos provenientes do contrato firmado entre a empresa Schahin e a Petrobras para a construção da sonda Vitória 1000.
De acordo com a defesa não existe qualquer elemento que permita “cogitar que Lula praticou qualquer dos crimes indicados pelo órgão acusador”, não havendo justa causa para o seu prosseguimento.
