Médico condenado no Acre por matar bebê é condenado em Rondônia por abusar de pacientes
O médico Pedro Augusto Ramos da Silva, de 58 anos, que foi condenado por homicídio culposo pela Comarca de Feijó (AC) a cumprir um ano e seis meses de prisão em regime aberto pela morte de um bebê indígena de cinco meses, que a Justiça entendeu como negligência médica, foi condenado também a 130 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO).
No Acre, a condenação final saiu em fevereiro de 2014 e, segundo a Justiça do Acre, o médico nunca foi encontrado para cumprir a pena em Feijó. Em Rondônia, ele foi condenado nesta segunda-feira (2) por ter abusado sexualmente de 15 pacientes durante exames ginecológicos em Ariquemes (RO), na região do Vale do Jamari. O médico estava preso desde março de 2015 na Casa de Detenção de Ariquemes . Pedro Augusto foi denunciado por 19 casos de estupro e foi absolvido em quatro deles, por falta de provas.
Nos atos de abusos sexuais contra as pacientes o médico masturbava as mulheres durante os exames ginecológicos, segundo a justiça. Os casos ocorreram entre o dia 12 de setembro de 2014 a 25 de fevereiro de 2015. Os abusos aconteceram em um hospital particular, no posto de saúde municipal e no hospital regional do município.
Na decisão, a juíza fixou a pena base de oito anos de reclusão. Porém como o réu possui antecedentes criminais com condenação nas comarcas de Feijó e Porto dos Gaúchos (MT), foi reconhecida a agravante da reincidência, a qual fixou a pena em oito anos e oito meses para cada crime de estupro. Totalizando 130 anos de prisão em regime fechado. Por fim, o TJ-RO determinou a comunicação com o judiciário de Feijó, para que possa cumprir a sentença no presídio do município.
A sentença foi julgada em 1ª instância e cabe recurso, porém o acusado deve permanecer preso em regime fechado. Com informações do G1 de Rondônia.
