Tenho lido os principais jornais brasileiros e todos estampam a crise política brasileira como muito mais grave do que a econômica. Diante desse fato tem sido comuns lideranças petistas apregoarem que o momento exige uma conversão ou união de todos os partidos para o país sair do “buraco” que entrou após a eleição de 2014. Portanto, não dá para entender o PT lançar um programa de televisão em rede nacional de 10 minutos mostrando as conquistas dos seus governos, mas execrando as principais figuras da oposição. Como conseguir unir o contraditório expondo de maneira arrogante os desafetos? Esse programa do PT que foi ao ar, na quinta, 6, é um tiro no pé. Eles querem apoio da oposição, mas ao mesmo tempo continuam a massacrá-la como se vivêssemos na Suíça, sem nenhum tipo de problema social. A culpa do que está acontecendo no Brasil é de quem sempre criticou a ladroagem alheia, mas que caiu em tentação e roubou tanto ou mais. Nos meus quase 40 anos de atividades como jornalista jamais tinha visto cenas de corrupção envolvendo bilhões ou invés de milhões. Infelizmente isso foi o que aconteceu na Operação Lava Jato. Se o PT quer denegrir a imagem dos seus adversários políticos que governe sozinho e assuma as consequências dos seus atos.
Nota tucana
O PSDB nacional emitiu nota sobre o programa do PT. Exatamente criticando a arrogância do tom da transmissão. Não é possível que os líderes políticos brasileiros não percebam que a única saída no momento é de união.
Surfando na crise
Enquanto isso, o vice presidente Michel Temer (PMDB) continua com a sua “campanha” para ser presidente da República. Enquanto os “aloprados” do PT produzem um programa de TV patético, Temer está em São Paulo se entendendo com o núcleo mais forte do PSDB.
A eleição que não terminou
O programa do PT foi eleitoral. Parece que se esqueceram que já ganharam o pleito de 2014 e, agora, a verdadeira preocupação é governar bem. Enquanto fustigam os adversários derrotados a crise política se amplia por falta de habilidade do próprio partido que está no poder.
Sem rumo
No Acre não é diferente. Ou se aceita a ordem estabelecida pelo atual Governo do PT ou não se tem nada. A maneira como lidaram com a greve da educação mostra essa faceta autoritária que o PT escondeu muito bem durante anos até mesmo dos seus eleitores mais fiéis.
A hora do diálogo
Tanto no Brasil quanto no Acre é preciso se restabelecer o diálogo democrático entre as instituições. A política é arte da negociação e de aproximação entre os contraditórios para se chegar a um consenso. Principalmente em momentos de crise.
Políticas para a juventude
A prefeitura de Rio Branco tem se esforçado para proporcionar oportunidades aos jovens. Enquanto o PMDB Jovem realiza eventos na periferia da Capital. O PSDB irá filiar mais de 100 jovens militantes nas suas fileiras nos próximos dias. Esse segmento da sociedade realmente merece toda a atenção e investimento.
Lamento
A decisão do vereador Juracy Nogueira (PSB) de renunciar ao mandato é emblemática. Ele alega decepção com os meandros internos da política. Traduzindo, se filiou ao PSB e foi abandonado.
Sigla estratégica
O PDT será fundamental nas próximas eleições. Ameaçando abandonar a FPA o partido poderá ter candidatos “avulsos” em diversas prefeituras do interior. Se não encontrar um rumo próprio o PDT será sugado para o ostracismo político em breve.
A luz no fim do túnel
Acredito que o Brasil sairá da atual crise política e econômica muito mais forte. O interessante é o grau de politização da população nos mais recentes anos. Qualquer assunto é debatido nas redes sociais sem nenhum tipo de censura. Isso proporciona uma reflexão mais aprofundada do povo que a cada dia conhece mais os seus direitos. Não dá mais para manipular a opinião pública utilizando ferramentas de marketing. Aquilo que se esconde nos meios tradicionais de comunicação são escancarados nas redes. Quem não acordar para essa nova realidade pode permanecer dormindo eternamente num “pesadelo”.
