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Cheia recorde nos rios do Amazonas poderá matar 50 quilômetros de floresta

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Cidade está quase submersa por conta da enchente (Foto: J. Renato Queiroz)

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A prefeitura do município, único no Amazonas a decretar estado de calamidade pública, manifestou a preocupação sobre a morte de centenas de árvores às autoridades do Estado e também informou o fato de dezenas de animais estarem aparecendo mortos no rio.


As águas do Madeira inundaram áreas de floresta que nunca ficaram submersas. De acordo com o prefeito de Humaitá, José Cidinei Lobo, caso o rio não baixe, as árvores morrerão porque ficam em terra firme e só recebem água da chuva. Ao contrário das árvores de igapó, adaptadas a permanência em área alagada, ele afirma que as espécies de terra firme não têm a mesma resistência.

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As águas do Madeira inundaram áreas de floresta que nunca ficaram submersas. De acordo com o prefeito de Humaitá, José Cidinei Lobo, ao contrário das árvores de igapó, adaptadas à permanência em terreno alagado, as espécies de terra firme não têm a mesma resistência e morrerão caso o rio não baixe.


A previsão dos órgãos de monitoramento dos rios é que o Madeira continue subindo até o final de abril, período que ele deveria começar a baixar.


“Essas árvores ficam durante todo o ano e não estão acostumadas a ficar debaixo de tanta água porque isso nunca aconteceu. Se ficar mais três meses debaixo d’água não vão suportar e morrerão”, disse.


O rio Madeira avançou 50 quilômetros floresta adentro, conforme levantamento feito com sobrevoo de helicóptero em Humaitá, em cada margem do rio. O nível da água na floresta de terra firme ultrapassa os 3 metros de profundidade.


Para a titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Kamila Amaral, as espécies de terra firme não tem condições de se adaptar a uma cheia de longo período. Ela explicou que a vegetação é diferente da nativa de igapó. “A vegetação de igapó tem uma sazonalidade da cheia. A vegetação de terra firme pode, sim, ser impactada, mas vai depender do tempo que ficar sob o efeito da água do rio”, disse.


Registro


Situação semelhante de morte de árvores causada pela cheia foi registrada, em 2013, em Canutama. O efeito, segundo a SDS, é parecido com o que ocorre quando usinas hidrelétricas são instaladas e inundam grandes áreas que se tornam cemitério de árvores.


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