Gleydison Meireles – Da redação ac24horas
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Ruas intrafegáveis e as péssimas condições de infraestrutura da escola Espaço Alternativo do Belo Jardim, localizada na Travessa Cândido Teixeira, comunidade rural do Belo Jardim III, quilometro 07 da BR-364, está deixando os pais de alunos do ensino infantil preocupados quanto ao comprometimento do ano letivo.
De acordo com os pais, o Espaço Alternativo faz parte da escola Raimundo Hermínio de Melo, localizada na Vila Santa Cecilia e foi criado como opção para suprir a necessidade de uma escola de ensino infantil na comunidade. Mas com o passar dos anos o que era solução passou a se tornar problema.
As aulas para cerca de 127 crianças ainda não tiveram início e a rua de acesso ao Espaço Alternativo, a Travessa Cândido Teixeira, está intrafegável e com a incidência das chuvas o que seria rua virou um lago.
De acordo com a moradora Rosilene da Silva, 32 anos, e que representa os pais dos alunos, no final do ano passado um acordo teria sido firmado para que as crianças do ensino infantil passasse a estudar na escola estadual de ensino fundamental e médio Santo Antônio, que tem uma boa estrutura e condições de acolher todos os alunos. Mas com o início do ano letivo pais e alunos foram comunicados que as aulas continuariam no Espaço Alternativo, que segundo Rosilene não tem condições estruturais de funcionar.
“Estávamos acreditando que nossos filhos começariam estudar na escola Santo Antônio como ficou acertado, mas agora querem nos empurrar goela a baixo o retorno ao Espaço Alternativo. Aquele local não tem condições alguma de funcionar”, afirmou Rosilene.
A reportagem ainda tentou chegar até a escola Espaço Alternativo para constatar as denuncias sobre as péssimas condições do espaço físico, mas a rua de acesso estava totalmente intrafegável, devido a chuva da madrugada de quarta-feira o local virou um lago.
Rosilene disse ainda que outro problema que vem assustando os moradores é a incidência de casos de dengue. Segundo ela, somente nesta semana quatro crianças contraíram a doença, sem contabilizar os adultos que estão com dengue.
“A comunidade toda está assustada, todo período de inverno é a mesma coisa, começa a chover as dificuldades aumentam, os ramais e ruas ficam intrafegáveis as crianças tem enorme dificuldade de chegar a escola, por que a lama e o mato tomaram conta de tudo e se não bastasse os casos de dengue começam a aparecer, só esta semana quatro crianças adoeceram vitimas de dengue, os adultos são dezenas de casos. A comunidade toda passou a ficar assustada com essa doença depois que a professora Aldiléia Fernandes morreu vítima de dengue hemorrágica há três anos atrás”, disse.
A representante dos moradores, disse também que nesta sexta-feira (15) os pais dos alunos estarão se reunindo para discutirem sobre a situação do Espaço Alternativo.
Por meio de conversa telefônica o vice-prefeito e secretário de educação Marcio Batista falou a reportagem do AC24Horas. Segundo o gestor desde o inicio do ano a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação (SEME) estão realizando um levantamento dos locais que precisam de uma intervenção mais urgente do poder público municipal para serem providenciadas as soluções, mas ao contrario do que temem os pais dos alunos, o ano letivo não será prejudicado.
“Desde o inicio do ano estamos realizando um estudo dos locais onde as soluções requeiram mais urgência, dessa forma a Prefeitura e a Seme estarão realizando melhorias nesses locais, mas posso garantir que os alunos não terão nenhum prejuízo quanto ao ano letivo”, abonou Batista.
O secretário disse ainda que estará entrando em contato com a representante dos pais dos alunos Rosilene da Silva e garantiu que participará da reunião desta sexta-feira (15).
